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Adapi amplia medidas para evitar contaminação de rebanho pelo mormo no Piauí

Após notificação do foco de mormo em Teresina, todas as medidas foram tomadas pela Adapi

Redação

Terça - 23/07/2019 às 20:04



Foto: Reprodução Animal com mormo
Animal com mormo

A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí (Adapi) interditou a Clínica de Grandes Animais do Hospital Veterinário Universitário em razão da entrada de cavalo oriundo de um haras localizado no município de Teresina, com sintomas de mormo.

Segundo o médico veterinário Idílio Moura, gerente de defesa sanitária animal da Adapi, o mormo é uma doença de notificação obrigatória e com a informação do foco, foi feita a coleta de material. “Então, enviamos o material coletado para o Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), localizado em Recife, para análise e já recebemos o resultado do exame e deu positivo para o mormo”, diz Idílio, informando ainda que as medidas de saneamento para eliminação de mormo preconizadas pela Instrução Normativa nº 06, de 16 de janeiro de 2018, estão sendo adotadas, como a interdição do estabelecimento, sacrifício do equino positivo, realização de testes de diagnóstico para mormo no restante do plantel e investigação de vínculos epidemiológicos.

Idílio declara que serão feitos exames e testes em todos os animais que estavam na baia da clínica de grandes animais do Hospital Veterinário e após 30 ou 60 dias serão feitos novos testes e todos têm que dar negativos para o mormo e só então o hospital deverá ser novamente aberto. Além do hospital veterinário da UFPI também serão feitos exames em todos os animais do haras onde estava o animal contaminado.

Idílio declara que os anos de 2005 a 2017, foram registrados onze focos de mormo no Estado, destes, os dois últimos ocorreram no ano de 2017 e desde então não havia sido registrado novos casos da doença.

“O mormo é uma doença infectocontagiosa dos equídeos (muares, asininos e equinos), causada pela bactéria Burkholderia mallei, que pode ser transmitida ao homem e eventualmente a outros animais”, explica.

Os equídeos podem apresentar, dentre outros sintomas clínicos, febre, descargas nasais mucopurulentas (catarro), presença de tumores/nódulos subcutâneos e ainda apresentar pneumonia.

A infecção humana, embora rara, pode ser adquirida através do contato direto com secreções e úlceras cutâneas de animais doentes, bem como por meio de objetos contaminados ou após exposição acidental em laboratórios.

“Esta é uma doença de Notificação Obrigatória ao Serviço Veterinário Oficial, conforme a Instrução Normativa/MAPA nº 50 de 24/09/13 e trata-se de uma importante zoonose, portanto, toda suspeita de mormo deve ser notificada à Adapi”, afirma.

Fonte: CCOM

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