
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deu o primeiro passo para realizar eleições emergenciais após o afastamento do presidente Ednaldo Rodrigues na quinta-feira (15), por decisão judicial do Rio de Janeiro. Com Ednaldo fora do comando, o interventor Fernando Sarney assumiu provisoriamente a presidência e já convocou, em caráter de urgência, a eleição para o cargo máximo da entidade.
Segundo o Estatuto da CBF, a eleição deve acontecer em até 30 dias após o afastamento do presidente. Por isso, Sarney assinou documento ainda na quinta-feira determinando a convocação do pleito. Embora a data exata ainda não tenha sido divulgada, a expectativa é de que ela seja anunciada nas próximas semanas.
Sarney, porém, mantém cautela e diz não ter uma data certa para o pleito: “Não consigo garantir quando vai ser a eleição”. Apesar disso, o processo eleitoral já foi oficialmente aberto e terá que ser concluído dentro do prazo de um mês.
Na mesma noite do afastamento, 19 federações estaduais publicaram um manifesto pedindo estabilidade para a entidade e já começaram a articular o apoio a um candidato. O nome que vem ganhando força é o de Samir Xaud, presidente eleito da Federação Roraimense de Futebol.
O processo eleitoral promete ser acelerado e movimentado. Entre os possíveis candidatos estão Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol, e até o próprio Ednaldo Rodrigues, que, em tese, pode tentar a reeleição, apesar do afastamento. Fernando Sarney, interventor, também pode tentar se manter no cargo por um mandato completo.
De acordo com o Estatuto da CBF, para registrar candidatura, o interessado precisa de apoio formal de oito integrantes do colégio eleitoral — sendo quatro federações estaduais e quatro clubes das Séries A ou B do Campeonato Brasileiro. Não há exigências formais quanto à experiência ou currículo.