A Seleção Brasileira não precisa encantar a cada vez que entra em campo, afinal, futebol não é feito somente de jogadas plásticas e/ou malabarismos. Porém, a expectativa é sempre por um futebol acima da média. E isso vem faltando há um bom tempo.
Não quero entrar no mérito, aqui, se disputar as Eliminatórias é algo que motiva ou não. Mas e a Copa América ou a própria Copa do Mundo de 2018? O Brasil é um time pouco inspirado, que não passa confiança, que ganha na maioria das vezes por ter melhores atletas, e não por apresentar um futebol coletivo que combine com toda esta qualidade.
A Seleção, a cada vez que se reúne, tem a condição de unir profissionais das maiores ligas do mundo. É bem verdade que o técnico Tite exagera no pragmatismo de chamar alguns nomes que não combinam com o status da camisa verde-amarela, e talvez esteja aí o ponto a ser mais questionado. Com suas escolhas, o treinador também parece abrir mão da qualidade para valorizar a união de um plantel e se colocar à frente dele para eventuais críticas.
Mas, na minha opinião, esta é uma fórmula ultrapassada, que merece a crítica e a contestação. O Brasil, com ou sem Neymar, pode mostrar muito mais do que vem mostrando. Se os resultados são incontestáveis (em nível sul-americano), as atuações passam longe disso. E a opinião pública tem razão em cobrar, principalmente, de um comandante que não consegue abandonar uma linha de trabalho mesmo que esta possa não levá-lo a lugar algum.
Este artigo foi publicado originalmente no 90min como Campanha nas Eliminatórias não torna o Brasil de Tite imune a críticas pesadas - pelo contrário.
Fonte: 90min
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