Foto: Montagem/Piauí Hoje
Lula e Bolsonaro
A vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de 2022 completa um ano nesta segunda-feira (30.10). Analistas e cientistas político dizem que a resiliência, a liderança e empatia de Lula o levaram os Palácio do Planalto pela terceira vez, vencendo uma campanha de fake news e discurso de ódio sem precedentes na história do Brasil.
Em 2018 Lula aparecia em primeiro lugar em todas as pesquisas de opinião pública, mas ele não pode concorrer porque estava preso em Curitiba, no Paraná, por ordem do então juiz da 13a Vara Federal, Sérgio Moro, que comandava a chamada Operação Lava Jato. A prisão que tirou o petista da disputa foi ilegal, conforme entendimento posterior do Supremo Tribunal Federal - STF, que declarou o juiz Moro imparcial e anulou todos os processos da Lava Jato contra Lula.
Porém, mesmo preso, Lula mostrou a força de sua liderança e convenceu seus aliados a indicar o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para substituí-lo na disputa com Jair Bolsonaro, em 2018. Haddad foi para o segundo turno e perdeu para Bolsonaro, que recebeu 49.276.990 votos (46,03%) contra 931.342.005 votos (29,28%) dados a Haddad.
O petista foi derrotado por uma onda de crimes de todas as espécies e numa campanha de difamação sem precedentes na história política do Brasil, criada a partir de uma indústria de fake news comandada pelo que depois deu origem ao chamado "Gabinete do Ódio", que era liderado por um dos filhos de Bolsonaro, o vereador carioca Carlos Bolsonaro.
O "Gabinete do Ódio" foi instalado no início do Governo de Bolsonaro e funcionava dentro do Palácio do Planalto, em uma sala com especialistas de informática e redes sociais para criação, compartilhamento e multiplicação de fake news contra os adversários e desafetos do ex-presidente. Bolsonaro naquele ano venceu a eleição
Lula voltou ao Palácio do Planalto e...
O ex-presidente Jair Bolsonaro, o "imbroxável", está inelegível
Agora, um ano após a eleição de Lula, Jair Bolsonaro enfrenta dezenas de processos na Justiça, foi considerado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral -TSE, e está novamente sendo julgado no TSE, acusado de usar o governo e os prédios públicos federais para se promover durante a campanha eleitoral. Bolsonaro, entre outras coisas, cometeu o crime de injúria, calúnia e ataques às instituições, um deles durante a parada militar de 7 de setembro de 2022, em Brasília, ao fazer um discurso inflamado contra o ministro Alexandre Moraes, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral
Jair Bolsonaro reuniu embaixadores de países com representação no Brasil, no Palácio do Planalto, oportunidade em que colocou suspeições sobra a segurança das urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro, o que foi totalmente desmentido com provas por técnicos que avaliaram o sistema das urnas eletrônicas no Brasil e atestaram que são seguras e de impossível violação do sistema durante as eleições.
...Bolsonaro está inelegível
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Luiz Brandão
Luiz Brandão é jornalista formado pela Universidade Federal do Piauí. Está na profissão há 40 anos. Já trabalhou em rádios, TVs e jornais. Foi repórter das rádios Difusora, Poty e das TVs Timon, Antares e Meio Norte. Também foi repórter dos jornais O Dia, Jornal da Manhã, O Estado, Diário do Povo e Correio do Piauí. Foi editor chefe dos jornais Correio do Piauí, O Estado e Diário do Povo. Também foi colunista do Jornal Meio Norte. Atualmente é diretor de jornalismo e colunista do portal www.piauihoje.com.
