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Halloween ganha espaço e controvérsias nas famílias brasileiras

A data conhecida como Dia das Bruxas é vista com preconceitos pelos religiosos reacionários

Arnaldo Silva

Terça - 31/10/2023 às 21:16



Foto: Reprodução Uma celebração pagã sem apoio da igreja
Uma celebração pagã sem apoio da igreja

Teresina (31) - O Halloween, também conhecido como Dia das Bruxas, é uma celebração que tem se popularizado cada vez mais no Brasil. No entanto, o Padre Bento Aylton, Vigário da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima, Matriz Santa Fé em Teresina, enfatiza que essa comemoração é vista com ressalvas pela Igreja Católica. Segundo o padre, o Halloween é uma celebração pagã que não conta com o apoio da igreja.

Em suas palavras, Padre Bento Aylton destaca que os católicos comemoram o Dia de Todos os Santos em 1 de novembro, em homenagem aos santos da igreja, e não as bruxas e monstros, como é tradicional no Halloween. Para ele, a educação cristã precisa adentrar as casas e escolas, e celebrar festas relacionadas a bruxas e monstros é vista como uma invocação do poder de Satanás no mundo, que busca retirar a soberania e majestade de Deus.

O posicionamento do Padre Bento Aylton reflete a visão da Igreja Católica de que o Halloween é uma celebração que não está alinhada com os princípios religiosos cristãos. Essa divergência tem gerado discussões e reflexões sobre a maneira como as festividades são encaradas, especialmente por famílias e instituições ligadas à religião.

Enquanto o Halloween continua a crescer em popularidade no Brasil, o debate sobre suas raízes pagãs e sua relação com a fé cristã, como apontado pelo Padre Bento Aylton, permanece relevante. 

Origem e evolução no Brasil

O Halloween tem suas raízes na antiga celebração celta do Samhain, que marcava o fim do verão e o início do inverno. A tradição veio para os Estados Unidos com os imigrantes irlandeses e escoceses no século XIX, e a festa como a conhecemos hoje foi moldada pela cultura americana.

No Brasil, o Halloween começou a ganhar popularidade nas décadas de 1990 e 2000, com a influência da cultura pop, filmes de terror e séries de TV. As escolas passaram a realizar festas temáticas, lojas a vender produtos decorativos e crianças a se vestirem como bruxas, vampiros e outros personagens assustadores. Hoje, o comércio se beneficia com a venda de fantasias, decorações e doces temáticos.

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