Educação

Exército de Israel já matou 130 homens do Hamas

Piauí Hoje

Terça - 06/01/2009 às 02:01



O Exército de Israel informou nesta terça-feira (6) que matou 130 combatentes do Hamas desde o início da ofensiva terrestre na Faixa de Gaza, na noite de sábado (3), segundo a agência France Presse e o site da rede de TV CNN. Até agora, em 11 dias de ataques de Israel, morreram pelo menos 555 pessoas e 2.700 ficaram feridas em Gaza. Do lado israelense, morreram 5 soldados e 4 pessoas atingidas por foguetes em cidades israelenses. Entidades relatam que a situação humanitária no local é precária, com hospitais lotados e falta de comida e suprimentos.Pelo menos cinco palestinos morreram em bombardeios israelenses contra duas escolas administradas pelas Nações Unidas na cidade de Gaza e no sul da Faixa de Gaza, informaram uma fonte médica e um porta-voz da ONU. Três pessoas morreram em um ataque aéreo israelense na cidade de Gaza contra a escola Asma, no campo de refugiados de Chati, administrada pela UNRWA, a agência da ONU para os refugiados palestinos, afirmou o porta-voz da mesma, Adnan Abu Hasna. Hasna declarou que 450 pessoas estavam refugiadas na escola para escapar dos bombardeios em outros bairros da cidade.Nesta segunda-feira, Israel havia informado a morte de três soldados de suas forças armadas no norte da Faixa de Gaza, por conta de um episódio de "fogo amigo". Segundo informações oficiais, um tanque israelense disparou por engano contra a posição dos militares após atacar um edifício ocupado pelos soldados. Com as três mortes, sobe para cinco o número de mortos entre os soldados israelenses na ofensiva terrestre, de acordo com o Exército de Israel.Faixa de Gaza Nesta terça-feira, tanques israelenses teriam entrado em Khan Yunes, a maior cidade do sul da Faixa de Gaza, afirmaram testemunhas à agência France Presse. Apoiados por helicópteros de combate, os tanques teriam aberto fogo contra a região, encontrando resistência de combatentes do grupo radical islâmico palestino Hamas e de outros movimentos. Caso seja confirmada, a incursão no bairro de Abasan al-Kabira, zona leste de Khan Yunes, seria a primeira das forças israelenses nesta cidade, um reduto do Hamas, desde o início da ofensiva terrestre.Também em Khan Yunes, um obus de artilharia atingiu a entrada de uma escola e matou duas pessoas, segundo uma fonte médica. Cresce pressão por cessar-fogo A pressão internacional por uma trégua imediata cresce, e até os EUA, apesar de responsabilizarem o Hamas pelo início das agressões, pediram um cessar-fogo "duradouro" na segunda-feira.O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e uma delegação da Liga Árabe intensificaram as pressões sobre o Conselho de Segurança das Nações Unidas para que intervenha e coloque fim à ofensiva israelense em Gaza.Israel definiu na terça sua condição de trégua na Faixa de Gaza, dizendo que não iria concordar com um cessar-fogo a menos que inclua medidas para evitar que o Hamas de se rearme. "Prevenir uma reconstrução das armas do Hamas é o princípio necessário para qualquer medida de trégua. Essa é a questão vital", disse Mark Regev, porta-voz do primeiro-ministro israelense Ehud Olmert. Regev disse que esta foi a mensagem de Olmert durante encontro com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, na segunda-feira. Sarkozy pediu a realização de uma reunião com autoridades israelenses e palestinas para um rápido cessar-fogo em Gaza. Regev disse que o Hamas, que contrabandeia armas para a Faixa de Gaza através de túneis na região de fronteira com o Egito, usou o cessar-fogo de seis meses atrás estabelecido pelo Cairo para dobrar o alcance de seus foguetes de 20 para 40 quilômetros. "Sob nenhuma circunstância vamos concordar com uma nova trégua que irá permitir ao Hamas aumentar o alcance de seus foguetes para 60 quilômetros e então teremos foguetes caindo nos arredores de Tel Aviv", disse Regev. Israel, cujos líderes disputam uma eleição parlamentar em 10 de fevereiro, deixou claro que sua prioridade na ofensiva em Gaza é garantir a segurança de seus cidadãos. Hamas exigiu o fim do bloqueio de Israel na Faixa de Gaza como parte de qualquer medida de cessar-fogo. Autoridades israelenses disseram que em vez da presença de observadores internacionais para monitorarem uma trégua futura, Israel quer uma missão internacional na fronteira Egito-Gaza para evitar que o Hamas recrie uma rede de túneis para o contrabando de armas. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, que está na região tentando costurar um cessar-fogo, pediu ao presidente da Síria, Bashar al-Assad, que tente convencer o Hamas a cooperar com os esforços internacionais pela paz em Gaza. Ao lado do Irã, a Síria é um dos principais apoiadores do Hamas.

Fonte: G1

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: