A produção agrícola do Brasil em 2023 alcançou R$ 814,5 bilhões, mas registrou uma queda de 2,3% em relação ao ano anterior, segundo a Produção Agrícola Municipal (PAM) 2023, divulgada nesta quinta-feira (12) pelo IBGE. A redução no valor da produção ocorreu mesmo com um recorde na produção de grãos.
Embora a soja e o milho tenham batido recordes de produção, os preços das principais commodities agrícolas caíram devido à superoferta e ao arrefecimento dos mercados globais, impactando negativamente a receita. As dez principais culturas concentraram 87% do valor bruto da produção agrícola.
A soja, com uma produção recorde de 152,1 milhões de toneladas e um valor de produção de R$ 348,7 bilhões, continua sendo a principal cultura em termos de valor, apesar de uma leve alta de 0,4% em relação ao ano anterior. Já o milho, com produção de quase 132 milhões de toneladas, viu seu valor de produção cair 26,2% devido à queda dos preços internacionais.
Apesar das adversidades climáticas no sul do país, 2023 registrou a maior safra de grãos da série histórica, com ampliação das áreas plantadas de soja e milho. O Brasil manteve sua liderança mundial na produção de soja, embora o aumento da oferta tenha pressionado os preços para baixo. A soja continuou a dominar as exportações, representando 76% dos envios, com a China sendo o principal destino.
A área total plantada aumentou para 96,3 milhões de hectares, um crescimento de 5,5% em relação ao ano anterior. O Centro-Oeste liderou o valor da produção agrícola, totalizando R$ 274,9 bilhões, embora tenha havido uma redução de 9,5% no valor. Mato Grosso, o estado com maior produção, gerou R$ 153,5 bilhões, uma queda de 12,2% no ano.
O município de Sorriso, em Mato Grosso, foi o maior gerador de valor da produção agrícola nacional, com R$ 8,3 bilhões, apesar de uma redução de 27,6%.
Fonte: Agência Brasil