
A gasolina chegou aos R$ 5 o litro esta semana, em Teresina. Os constantes aumentos no preço do combustível têm causado grande reclamação por parte dos motoristas, principalmente os trabalhadores de aplicativos, que dependem do carro para sobreviver.
O motorista de aplicativo Antônio Luís relata que são poucos os postos em Teresina que estão vendendo abaixo dos R$ 5. “Temos que rodar muito para achar um posto a R$ 4.90. Isso é um absurdo. Onde vamos parar?”, disse.
A má notícia é que os valores poderão subir ainda mais nas próximas semanas. Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) apontam que o aumento acumulado no valor da gasolina entre julho de 2017 e janeiro de 2021 atinge quase 60%. De 16 de dezembro a 26 de janeiro, o preço da gasolina aumentou mais de 20% nas refinarias. Só neste ano, é o terceiro reajuste que chega às bombas.
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O coordenador executivo do Sindicato dos Postos Revendedores de Combustíveis do Piauí (Sindipostos), Anorcil Andrade, explica que o combustível vive dois reajustes distintos. “O primeiro é dado pela Petrobras na refinaria; obviamente, repercute no elo final dessa cadeia, que é o posto revendedor. É uma ‘coisa’ mais voltada para a produção e para a distribuição do produto no mercado”.
Histórico dos aumentos
O preço da gasolina sofreu aumentos significativos nos seis últimos anos. Em 2016, o preço médio do combustível no país caiu na última semana do ano e encerrou em R$ 3,755 por litro.
Já em 2017, o combustível saiu de R$ 4,002 para R$ 4,548, na média anual, alta de 13,6%.
Em 2018, o preço médio do litro da gasolina nos postos brasileiros terminou o ano a R$ 4,344, segundo dados apresentados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em 2019, a gasolina ficou em média 4,85% mais cara nas bombas e o litro fechou o ano com o preço de R$ 4,55.
Em janeiro de 2020, quando o combustível vinha em alta, o preço havia alcançado R$ 4,762, o maior valor de 2020. Já em junho, a gasolina encerrou cinco meses de recuo e era possível abastecer o carro por R$ 4,14 o litro e voltou a disparar em 2021.