Economia

VULNERABILIDADE

População rural e infantil sofre mais com insegurança alimentar, diz IBGE

Insegurança alimentar moderada e grave, somadas, atingiam cerca de 12,7% dos domicílios rurais, acima do verificado com a população na área urbana (8,9%)

Da Redação

Quinta - 25/04/2024 às 16:03



Foto: Sindsep-PE População rural está entre quem mais sofre com insegurança alimentar
População rural está entre quem mais sofre com insegurança alimentar

Norte e Nordeste são as regiões com os maiores indicadores de insegurança alimentar do país. É o que diz o resultado do módulo de Segurança Alimentar, divulgado pelo  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgados nesta quinta-feira (25). Conforme os dados Norte e Nordeste têm respectivamente 39,7% e 38,7% de seus domicílios com insegurança alimentar.

Os menores indicadores foram os registrados na região Sul (16,5%), Sudeste (22,9%) e Centro-Oeste (24,3%). A pesquisa também revela que a população residente nas áreas rurais do país tem sido as mais afetadas pela insegurança alimentar, atingindo cerca de 34,5% dos domicílios, 7,9 pontos percentuais acima do registrado para os domicílios localizados nas áreas urbanas (26,6%).

A insegurança alimentar moderada e grave, somadas, atingiam cerca de 12,7% dos domicílios rurais, acima do verificado com a população na área urbana (8,9%).

Ainda de acordo com o levantamento, 10,8% da população de 0 a 4 anos de idade e 11,4% da população de 5 a 17 anos de idade conviviam com insegurança alimentar em patamar moderado e grave; na população de 65 anos ou mais de idade esta proporção foi 6,9%. Assim, foi observado que nos domicílios com crianças e/ou adolescentes são os mais vulneráveis à restrição alimentar.

No Brasil essa vulnerabilidade é preponderante nas residências em que a responsável é a mulher, com uma proporção de  10,8% em 2023. Para domicílios onde a pessoa responsável era um homem, a proporção observada foi de 7,8%.

Esse comportamento que aponta uma desigualdade entre as casas administradas por homem ou mulher também foi observado nos resultados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2017-2018. No entanto, houve diminuição na prevalência de insegurança alimentar nas casas em contrapartida, um aumento nos níveis de segurança alimentar, fato que se observa ter ocorrido independente do sexo da pessoa de referência.

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