
O Piauí recebeu, na segunda-feira, 20, R$ 65.080,85 da Agência Nacional de Mineração (ANM) pela produção de minérios. O montante é referente à cota-parte da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração Mineral) de novembro de 2023, arrecadada em outubro. No país, a distribuição total foi de R$ 447.120.707,67, que contemplam também os municípios produtores.
Desse total, R$ 89.424.143,03 são depositados nas contas bancárias de 27 governos estaduais. Os outros R$ 357.696.564,64 são repassados a 2.146 prefeituras, cujos territórios serviram para empresas mineradoras desenvolverem suas atividades.
As maiores parcelas desses royalties da mineração vão para as prefeituras de Parauapebas (PA), Canaã dos Carajás (PA) e Conceição do Mato Dentro (MG), cujos municípios são os que mais produziram riqueza mineral em outubro. Parauapebas recebe cerca de R$ 74 milhões; Canaã dos Carajás é favorecida com R$ 57 milhões e Conceição do Mato Dentro fica com cerca de R$ 18 milhões. O município de Itabirito (MG), que no mês passado foi o terceiro colocado no ranking nacional da produção mineral, desta vez ficou em quarto lugar - com mais de R$ 16 milhões recebidos.
Já os chamados “municípios afetados” pela atividade mineradora (que não produzem minérios, mas também recebem parte da CFEM por serem indiretamente impactados pela atividade), devem receber os royalties a partir de dezembro, segundo a assessoria da ANM. A maioria dos "municípios afetados pela exploração mineral" contribui com o transporte dos produtos retirados das minas através de rodovias, ferrovias, portos e minerodutos instalados em seus territórios.
É importante para os município
Cidade histórica de Minas Gerais, Ouro Preto é um dos maiores produtores de ferro do país. O minério garantiu ao município R$ 5.727.824,69 da CFEM, neste mês. De acordo com o prefeito Ângelo Oswaldo de Araújo Santos (PV-MG), a compensação financeira dos royalties da mineração se faz necessária porque a atividade resulta em muitos distúrbios aos municípios produtores.
“A cada ciclo de expansão, são novas pessoas que vêm em busca da possibilidade de trabalho, além de mudanças na situação econômica e ambiental do município”, avalia o gestor municipal. “Então, é importante que haja esta compensação, por aquilo que perdemos. Esses recursos são fundamentais para que os municípios possam fazer face às demandas do seu desenvolvimento sustentável”, enfatiza.
Distribuição
- Pará | R$ 38.932.675,68
- Minas Gerais | R$ 37.369.110,07
- Bahia | R$ 2.495.169,00
- Goiás | R$ 2.261.669,03
- São Paulo | R$ 1.498.420,17
- Mato Grosso | R$ 1.416.684,63
- Mato Grosso do Sul | R$ 781.695,51
- Santa Catarina | R$ 538.502,97
- Tocantins | R$ 504.152,33
- Paraná | R$ 428.499,03
- Alagoas | R$ 423.621,56
- Rio Grande do Sul | R$ 381.497,50
- Maranhão | R$ 309.311,20
- Rondônia | R$ 293.666,99
- Sergipe | R$ 284.211,53
- Amazonas | R$ 276.620,99
- Distrito Federal | R$ 264.158,67
- Rio de Janeiro | R$ 213.119,58
- Espírito Santo | R$ 183.323,79
- Ceará | R$ 174.745,12
- Paraíba | R$ 106.844,15
- Pernambuco | R$ 103.553,43
- Amapá | R$ 65.421,65
- Piauí | R$ 65.080,85
- Rio Grande do Norte | R$ 48.053,29
- Roraima | R$ 3.015,40
- Acre | R$ 1.319,04
Fonte: Brasil 61