Economia

Famílias de baixa renda sofrem mais com alta do preço do arroz

No Piauí, houve uma elevação médica que varia entre 22% a 28% no preço do arroz

Alinny Maria

Quarta - 16/09/2020 às 10:49



Foto: Piauí Hoje Alta no preço do arroz impacta os mais pobres
Alta no preço do arroz impacta os mais pobres

Nos últimos dias, foi registrada uma alta considerável no preço de alguns produtos alimentícios no país, em especial o arroz, alimento mais presente no prato dos brasileiros. No Piauí, a escalada nos preços do arroz foi de 20% nos últimos 30 dias. O custo de vida das famílias de baixa renda está ainda mais impactado com a alta no preço do arroz.

De acordo o Indicador de Inflação por Faixa de Renda do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a inflação vem ocorrendo desde março deste ano. Em agosto, a inflação de famílias mais pobres (em que a renda domiciliar é menor do que R$ 900) teve variação de 0,38%, acima da taxa de 0,10% percebida pelas famílias mais ricas (com renda maior do que R$ 9 mil).

 Segundo o Ipea, o grupo de alimentos de maior peso na cesta de consumo das famílias mais pobres subiram 0,78% no mês. Em todo o país, o arroz acumulou  altas de preços de 19,2%.

Preços abusivos 

No Piauí, o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) identificou estabelecimentos com aumentos abusivos de até 40% no preço do arroz. Em Teresina, o Procon autuou oito estabelecimentos foram autuados nas últimas fiscalizações e têm um prazo de 15 dias para apresentarem suas defesas. Em caso de irregularidade comprovada, a multa  aplicada pode  chegar à R$ 10 milhões, dependendo do porte do estabelecimento.

Na capital, o preço do pacote de 5 Kg de arroz foi encontrado por até R$ 35 em alguns estabelecimentos. A elevação média varia de 22% a 28% no preço do arroz. O Procon autua os estabelecimentos que estão com um aumento de acima de 20% nos valores do produto.

Denúnicas

O consumidor que identificar aumentos abusivos de preços basta entrar em contato com o Procon através do e-mail :  atendimentoprocon@mppi.mp.br ou nos telefones (86) 98162-8247/ (86) 98190-7983/ (86) 98195-5177/ (86) 98122-4746. O Procon recomenda também que o consumidor pegue a nota fiscal, se possível tire uma foto e encaminhe para os canais de comunicação. 

O que diz a indústria

A Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiaroz) publicou uma nota no dia 28 de agosto para esclarecer sobre o aumento do preço do arroz. Entre as justificativas, a Abiaroz informou que o setor tem enfrentado dificuldade no acesso à matéria-prima e que se preocupa com o abastecimento regular do produto até a próxima safra.

“Nos últimos 25 dias, observou-se uma alta de mais de 30% no custo da matéria-prima, além do reajuste já ocorrido em decorrência do aumento da demanda no início da pandemia. Os preços praticados ultrapassaram em 290% o valor do preço mínimo estabelecido pelo governo federal. Importa destacar que a matéria-prima representa parte expressiva do preço de venda do arroz, o que reflete sobremaneira no preço final ao consumidor”, explicou a entidade.

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