
Em 2024, rendimento domiciliar médio do brasileiro registrou um crescimento de 4,7%, alcançando R$ 2.020 mensais por pessoa, o maior valor da série da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C), iniciada em 2012. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse aumento representa o terceiro ano consecutivo de alta.
O crescimento no rendimento geral já havia sido notado em 2023, quando o valor bateu recorde. A retomada do Bolsa Família, com o benefício elevado para cerca de R$ 600 mensais, um patamar estabelecido durante a campanha eleitoral de 2022, no antigo Auxílio Brasil, foi o principal motor do aumento de 11,5% em relação a 2022.
Em 2024, o cenário continuou favorável, com o aumento da renda derivado principalmente da expansão dos programas sociais, mas com um papel mais relevante do mercado de trabalho. O rendimento médio do trabalho, por exemplo, cresceu 3,7%, alcançando R$ 3.225 mensais por trabalhador, também um recorde histórico na Pnad-C. O crescimento da renda foi especialmente expressivo entre as famílias de menor renda, o que resultou em uma redução na desigualdade social no país.
Gustavo Fontes, analista da Pnad-C, destacou que "apesar dos importantes programas sociais do governo, que também contribuíram, o rendimento do trabalho, em 2024, foi bastante importante no crescimento do rendimento por todas as fontes e no rendimento domiciliar per capita. Ele avançou a participação dele no rendimento domiciliar."
Isso reflete um aumento no peso da renda do trabalho na composição do rendimento domiciliar médio, que subiu para 74,9% em 2024, contra 74,2% no ano anterior, aproximando-se do patamar histórico da pesquisa, que gira em torno de 75%.
O bom desempenho do mercado de trabalho também se refletiu na taxa de desemprego, que atingiu 6,6% em 2024, a menor da história.
Fonte: Brasil 247