
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (16) estatísticas referentes à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). De acordo os dados coletados, o Brasil registrou uma queda na taxa de desemprego durante o quarto trimestre de 2023, que passou de 7,7% para 7,4%.
Entretanto, essa diminuição não foi uniforme em todo o território nacional. De acordo com a pesquisa, apenas dois estados acompanharam essa tendência, o Rio de Janeiro, com queda de 10,9% para 10,0%, e o Rio Grande do Norte, de 10,1% para 8,3%.
Por outro lado, Rondônia viu sua taxa subir de 2,3% para 3,8%, enquanto Mato Grosso aumentou de 2,4% para 3,9%. No estado do Piauí, a taxa de desemprego registrada foi de 10,6%, um aumento de 0,5% em relação ao trimestre anterior.
Segundo a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, a explicação para essas variações é complexa. De acordo com a especialista, o Rio de Janeiro experimentou um aumento na ocupação, especialmente nos setores industriais e de serviços.
"Diversos estados do país apresentaram tendência de queda, mas só em dois deles a retração foi considerada estatisticamente significativa. No Rio de Janeiro, houve crescimento acentuado da ocupação, principalmente nas atividades industriais e de outros serviços. No caso do Rio Grande do Norte, o recuo da taxa foi influenciado pela redução do número de pessoas procurando trabalho no período”, explica Beringuy.
Gráfico: Divulgação / IBGE
Os estados com as maiores taxas de desocupação no último trimestre de 2023 foram Amapá (14,2%), Bahia (12,7%) e Pernambuco (11,9%). Das treze unidades federativas com taxas superiores à média nacional (7,4%), apenas duas não estão nas regiões Norte ou Nordeste: Rio de Janeiro (10,0%) e Distrito Federal (9,6%).
A diferença na formalização do emprego também é evidente entre as regiões. Enquanto no Sul 83,5% dos empregados no setor privado têm carteira assinada, no Norte e Nordeste esses números são bem menores: 60,9% e 57,3%, respectivamente.
Quanto à desocupação por gênero, tanto homens quanto mulheres viram suas taxas caírem do terceiro para o quarto trimestre de 2023. A redução foi mais expressiva para os homens que ficaram com uma taxa de 6%. A taxa de desocupação das mulheres passou de 9,3% para 9,2%.
Por fim, no último trimestre de 2023, cerca de 1,8 milhão de pessoas estavam desempregadas há dois anos ou mais, representando 22,3% da população desocupada. Esse número teve uma redução significativa em relação ao mesmo período de 2022, quando alcançou 2,2 milhões.
Fonte: IBGE