Economia

DÉFICIT

Déficit das contas públicas de julho de 2024 cai para R$ 21,3 bilhões

Houve uma redução significativa em relação ao ano anterior, enquanto juros e dívidas aumentam

Da Redação

Sexta - 30/08/2024 às 11:37



Foto: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo Dinheiro
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As contas públicas do Brasil registraram um déficit de R$ 21,3 bilhões em julho de 2024, uma redução significativa em comparação ao déficit de R$ 35,8 bilhões observado no mesmo mês de 2023.

Segundo informações divulgadas pelo Banco Central (BC), os déficits foram distribuídos entre diferentes setores: R$ 8,6 bilhões para o governo central, R$ 11 bilhões para os governos regionais e R$ 1,7 bilhão para as empresas estatais. O governo central engloba o governo federal, o INSS, e os governos estaduais e municipais.

O déficit primário, que calcula a diferença entre receitas e despesas do setor público sem considerar os juros da dívida, acumulou R$ 257,7 bilhões nos últimos 12 meses, representando 2,29% do PIB. Este valor é 0,15 ponto percentual menor em relação ao acumulado até junho de 2024.

Os juros nominais do setor público não financeiro consolidado somaram R$ 80,1 bilhões em julho, um aumento expressivo em relação aos R$ 46,1 bilhões registrados em julho de 2023. Esse aumento é atribuído, em parte, às operações de swap cambial, que geraram uma perda de R$ 9,9 bilhões em julho de 2024, em contraste com um ganho de R$ 15,6 bilhões no mesmo mês do ano anterior.

Em 12 meses, os juros nominais alcançaram R$ 869,8 bilhões (7,73% do PIB), comparado a R$ 641,3 bilhões (6,07% do PIB) no período anterior. O déficit nominal consolidado, que inclui o déficit primário e os juros nominais, foi de R$ 101,5 bilhões em julho. No acumulado de 12 meses, o déficit nominal atingiu R$ 1,12 trilhões, ou 10,02% do PIB, um aumento em relação aos R$ 1,108 trilhões (9,92% do PIB) de junho.

A dívida líquida do setor público, que considera o saldo entre créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais, alcançou 61,9% do PIB, totalizando R$ 7 trilhões em julho. Esse resultado reflete a variação do PIB nominal e outros ajustes relacionados.

Já a dívida bruta do governo geral (DBGG) subiu para 78,5% do PIB, ou R$ 8,8 trilhões, um incremento de 0,7 ponto percentual em relação ao mês anterior. O aumento foi impulsionado pelos juros nominais apropriados e pelas emissões líquidas de dívida, enquanto a variação do PIB nominal teve um efeito redutor. No ano, a DBGG aumentou 4,1 pontos percentuais do PIB, devido principalmente à incorporação de juros nominais e à emissão líquida de dívida, com impactos negativos da desvalorização cambial e do crescimento do PIB nominal.  

Fonte: Agência Brasil

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