![Brasil analisa resposta a tarifas dos EUA, mas ordem de Lula é primeiro negociar](https://piauihoje.com/uploads/imagens/whatsapp-image-2025-02-11-at-08-58-43-1739275243.jpeg)
O governo brasileiro está avaliando possíveis respostas às recentes declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou a imposição de uma tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio. O Brasil, sendo o segundo maior fornecedor desses produtos para o mercado norte-americano, atrás apenas do Canadá, pode ser significativamente afetado por essa medida.
Fontes próximas ao Palácio do Planalto indicam que a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é buscar, inicialmente, uma solução negociada. A tradição diplomática brasileira favorece o diálogo antes de considerar ações retaliatórias. Uma fonte do governo afirmou: "A reciprocidade que ele defendeu é se nenhuma medida funcionar".
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reforçou essa postura ao afirmar que o Brasil não cederá à pressão do imediatismo e manterá uma abordagem diplomática serena e pragmática. Enquanto isso, diferentes ministérios estão analisando possíveis medidas que possam ser adotadas caso as negociações não avancem, buscando minimizar impactos negativos para o país.
Em declarações recentes, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, adotou uma postura cautelosa, afirmando que o governo aguardará uma decisão oficial antes de qualquer manifestação.
Em 2018, durante o primeiro mandato de Trump, uma situação semelhante ocorreu, resultando na aplicação de uma tarifa de 25% sobre o aço brasileiro. Naquela ocasião, após negociações, foi estabelecida uma cota anual de exportações sem a sobretaxa. O governo brasileiro espera que o diálogo atual possa levar a uma solução mutuamente benéfica, evitando uma escalada de tensões comerciais.
A comunidade internacional também tem reagido às medidas anunciadas pelos EUA. A União Europeia, por exemplo, prometeu retaliações "firmes e proporcionais" em resposta às tarifas impostas por Trump sobre aço e alumínio.
O governo brasileiro permanece atento aos desdobramentos e continua a priorizar o diálogo como meio de resolver disputas comerciais, alinhado à sua tradição diplomática de buscar soluções pacíficas e negociadas.
Empresas brasileiras impactadas
As novas tarifas de 25% sobre aço e alumínio impostas pelos EUA podem reconfigurar a produção global e impactar diretamente a indústria brasileira. Empresas siderúrgicas como Usiminas, Ternium e ArcelorMittal enfrentam desafios, enquanto a Gerdau, com forte presença nos EUA, pode sair beneficiada.
No setor automotivo, a Anfavea alerta que as medidas protecionistas afetam a competitividade da indústria brasileira, elevando custos e pressionando empresas a reverem estratégias de produção. Há temores de aumento no preço dos veículos e possíveis demissões no setor. Diante desse cenário, especialistas recomendam que o Brasil busque novos mercados e reforce investimentos em inovação para minimizar os impactos dessas tarifas.
Fonte: Brasil 247