![Bióloga e fundadora da VerdeNovo Sementes, Bárbara Pacheco](https://piauihoje.com/uploads/imagens/whatsapp-image-2025-02-07-at-10-05-50-1738933671.jpeg)
A demanda por reflorestamento cresce não apenas por exigências legais, mas também pelo aumento da consciência socioambiental de empresas e indivíduos. Com isso, novos negócios estão surgindo para ajudar nesse processo, conectando coletadores e compradores de sementes nativas.
No episódio desta semana do programa "Empreender Brasil", da TV 247, a bióloga e fundadora da VerdeNovo Sementes, Bárbara Pacheco, compartilha sua experiência com um modelo de negócio que une impacto social e restauração ecológica. A empresa trabalha diretamente com coletores de sementes nativas, promovendo sustentabilidade e gerando renda para comunidades rurais e periféricas.
Bárbara explica que as empresas estão cada vez mais assumindo pautas socioambientais, e que plantar não é apenas uma obrigação legal, mas um respeito à história da humanidade. "Nosso negócio é fortalecer a mão que coleta para impulsionar a mão que planta", destaca ela.
O trabalho da VerdeNovo abrange o processo completo de coleta, limpeza, processamento e venda de sementes nativas. Inicialmente, o projeto começou com apenas três coletores, mas com o tempo, foi percebida a necessidade de ampliar o impacto social. A empresa então estabeleceu parcerias com comunidades tradicionais, assentados da reforma agrária e coletores urbanos, muitos em situação de vulnerabilidade socioambiental.
A fundadora conta como as sementes são coletadas, limpas e preparadas para entrega, e enfatiza a importância de cuidar da narrativa da vida ao realizar esse trabalho.
O impacto da VerdeNovo vai além da sustentabilidade ambiental, com uma forte ênfase na valorização cultural e econômica das comunidades. O modelo de trabalho é baseado no conceito de comércio justo, onde os coletores definem o preço das sementes, e a empresa acrescenta os custos operacionais.
“A comunidade define o preço do quilo da semente, e nós adicionamos margem, impostos e custos. Não é só uma compra e venda de sementes. É um trabalho de fortalecimento do associativismo, cooperativismo, e um processo de construção de confiança”, explica Bárbara, destacando o impacto positivo, especialmente em comunidades com altos índices de analfabetismo.
Atualmente, a VerdeNovo comercializa mais de 260 tipos de sementes nativas e oferece diferentes quantidades para venda. A empresa também articula diretamente com as comunidades, conectando suas capacidades de coleta com as demandas do mercado.
Bárbara finaliza dizendo que sua conexão com o Cerrado a nutre, tanto emocionalmente quanto financeiramente. Ela equilibra sua presença entre o campo e o escritório, sempre construindo parcerias.
Com esse modelo de negócio, a VerdeNovo Sementes está fazendo uma grande contribuição para a preservação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico das comunidades, mostrando que é possível combinar empreendedorismo e impacto social de forma sustentável.
Fonte: Brasil 247