O Ministério Público Federal (MPF) no Piauí instaurou um inquérito para identificar o responsável pela manutenção da Ponte Metálica João Luiz Ferreira, que liga Teresina (PI) a Timon (MA). A estrutura, essencial para o transporte de minério e combustíveis, apresenta rachaduras, corrosão e instalações elétricas precárias, mas a falta de clareza sobre a titularidade da ponte tem impedido ações efetivas de reparo. Enquanto o DNIT nega responsabilidade, apontando a Ferrovia Transnordestina Logística como encarregada, o Iphan e o MPF buscam renovar um convênio para definir as obrigações de cada entidade.
A Ponte Metálica João Luiz Ferreira, um dos principais corredores ferroviários do Nordeste, enfrenta sérios problemas de conservação. Recentemente, um vídeo que mostra rachaduras na base da estrutura viralizou nas redes sociais, alertando a população sobre o estado crítico da ponte. Apesar de não haver risco iminente de desabamento, segundo laudos do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (Crea-PI), a falta de manutenção adequada pode levar a danos irreversíveis a médio e longo prazo.
No início desta semana, representantes do MPF e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reuniram-se para discutir a situação. O procurador-chefe do MPF no Piauí, Marco Aurélio Adão, destacou a necessidade de intervenções urgentes e a importância de definir claramente as responsabilidades pela manutenção da ponte. “O convênio atual precisa ser renovado para que cada instituição assuma suas obrigações”, afirmou.
A superintendente do Iphan no Piauí, Teresinha de Jesus Ferreira, explicou que a ponte está sob um convênio que envolve o DNIT, a Ferrovia Transnordestina Logística e o município de Timon. No entanto, apenas o município de Timon tem demonstrado interesse contínuo em manter a estrutura funcionando. A Ferrovia Transnordestina Logística, responsável pelos trilhos, realizou reparos no tabuleiro entre 2020 e 2021, mas problemas como buracos, corrosão e instalações elétricas precárias persistem.
O MPF anunciou que irá instaurar um procedimento de acompanhamento específico para a ponte, analisando a possibilidade de ajuizar uma ação civil pública para obrigar a manutenção da estrutura. Além disso, o Iphan comprometeu-se a enviar toda a documentação relacionada à ponte ao MPF e estabelecer uma rotina de comunicação sobre fiscalizações e autuações.
Enquanto as instituições buscam definir responsabilidades, a população aguarda por soluções concretas para garantir a segurança e a funcionalidade da Ponte Metálica João Luiz Ferreira, vital para a economia e o transporte regional.
Representantes do IPHAN reunidos com membros do Ministério Público Federal no Piauí para buscar solução para manutenção da Ponte Metálica de Teresina
Fonte: MPF/IPHAN
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