Teresina é a 11º capital com melhor qualidade de vida e o Piauí é o 15º melhor estado, segundo estudo divulgado nesta quarta-feira (3). A informação é do levantamento inédito IPS Brasil, que aplicou o Índice de Progresso Social (IPS), uma ferramenta que calcula o bem estar da população a partir de dados oficiais. Explore aqui o levantamento.
O estudo elaborou um ranking que mede a qualidade de vida nos 5.570 municípios do país. Entre as capitais, Brasília (DF) ficou em primeiro lugar, com um índice de 71,25 IDS, e Porto Velho (RO) ficou em último, com um índice de 57,10 IDS. Teresina teve um índice de 67,37 IDS.
O melhor estado é São Paulo, com um índice de 66,25 IDS, e o pior é o Pará, com um índice de 53,20 IDS.
O relatório foi publicado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em parceria com Fundación Avina, Amazônia 2030, Anattá Pesquisa e Desenvolvimento, Centro de Empreendedorismo da Amazônia e Social Progress Imperative. O estudo pioneiro é a maior iniciativa subnacional do mundo para medir o desempenho social e ambiental de um país.
IPS
O IPS é uma ferramenta inovadora que avalia o progresso social e ambiental de territórios em todas as escalas geográficas, desde países até comunidades locais. Desenvolvido pela Social Progress Imperative, o IPS Global é publicado anualmente desde 2014, abrangendo 170 países. Além do IPS Global, diversas iniciativas subnacionais foram implementadas em países como México, Índia, Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia.
O lançamento do IPS Brasil representa um marco para o desenvolvimento social e ambiental do país. O Brasil, com sua imensa diversidade e dimensão continental, é o quinto maior país do mundo. Segundo o Censo Demográfico 2022 do IBGE, a população brasileira soma atualmente 203 milhões de habitantes, dos quais 57% residem em apenas 319 municípios.
A partir de 2024, o IPS Brasil será atualizado anualmente, permitindo a comparação do desempenho socioambiental dos municípios ao longo do tempo. A atualização frequente é crucial para captar mudanças e tendências, contribuindo para a melhoria da gestão pública e o aperfeiçoamento contínuo das políticas públicas.
Estrutura
Um princípio do IPS é usar indicadores exclusivamente sociais e ambientais para medir a qualidade de vida da população, sem a inclusão de indicadores econômicos. Assim, a metodologia foca nos resultados que são importantes para a vida das pessoas, e não os investimentos ou esforços realizados.
A estrutura do IPS está dividida em três dimensões (necessidades humanas básicas, fundamentos do bem estar e oportunidades), dimensões essas que estão divididas em 12 componentes: nutrição e cuidados médicos básicos, água e saneamento, moradia, segurança social, acesso ao conhecimento básico, acesso à informação e comunicação, saúde e bem estar, qualidade do meio ambiente, direitos individuais, liberdades individuais e de escolha, inclusão social e acesso à educação superior.
Por fim, cada um desses componentes está dividido em indicadores, retirados de fontes oficiais e de institutos de pesquisa, como Ministério da Saúde, Ministério da Cidadania, Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento (SNIS), Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mapbiomas, Anatel, CadÚnico, entre outras.
Confira o relatório completo:
Resumo_Executivo_IPS_Brasil2024_PT_WEB_e7117ca32a.pdf