Brasil

RACISMO

Polícia investiga caso de estudantes de Direito da PUC denunciados por racismo

O episódio aconteceu durante um jogo de handebol masculino realizado em Americana, no interior paulista

Da Redação

Segunda - 18/11/2024 às 11:49



Foto: Reprodução/Bancada Feminista do PSOL no Instagram Alunos da PUC-SP gritam 'cotista' e 'pobre' durante jogo contra USP nos Jogos Jurídicos Estaduais
Alunos da PUC-SP gritam 'cotista' e 'pobre' durante jogo contra USP nos Jogos Jurídicos Estaduais

A Polícia Civil de São Paulo está investigando imagens que mostram estudantes da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) fazendo ofensas racistas contra alunos da Universidade de São Paulo (USP). O episódio ocorreu durante um jogo de handebol masculino em Americana, no interior de São Paulo, e ganhou repercussão após vídeos viralizarem nas redes sociais. A denúncia foi inicialmente destacada pelo jornal O Globo.

Em nota, a Polícia Civil informou que ainda não localizou o registro da ocorrência, mas confirmou que está analisando as imagens para identificar os envolvidos e está disponível para registrar a ocorrência e apurar informações que ajudem nas investigações.

Nos vídeos compartilhados, é possível ouvir integrantes da Torcida Atlética 22 de agosto, da PUC-SP, gritando insultos como "pobre" e "ainda por cima é cotista" contra estudantes negros da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da USP. O caso causou grande indignação e gerou manifestações de representantes políticos, que acionaram o Ministério Público.

Denúncias e repercussão

A co-deputada estadual Letícia Chagas (PSOL), com a deputada federal Sâmia Bomfim e a vereadora Luana Alves, fez a denúncia oficial ao Ministério Público. Em uma postagem no X (antigo Twitter), Letícia afirmou que o grupo solicitou a abertura de um inquérito. No documento, as parlamentares destacaram que as ofensas ultrapassam a rivalidade esportiva e configuram um comportamento discriminatório, associando a condição socioeconômica e racial dos estudantes cotistas a uma suposta inferioridade.

A denúncia também destaca que tais atitudes violam direitos fundamentais e afrontam os valores da dignidade humana e igualdade.

Fonte: Brasil 247

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