
O Ministério do Trabalho informou que grupos de combate ao trabalho escravo resgataram mais de 660 trabalhadores em 2016. O balanço aponta uma queda de 34% em relação ao ano de 2015, em que ocorreram 1.010 resgates.
O estado de Minas Gerais teve 141 resgates e, desde 2013, é líder das libertações. Mato Grosso do Sul é o segundo no ranking, com 82 operações.
Esta é a pior estatística desde 2000, quando 516 pessoas foram resgatadas em situações de trabalho análogo ao escravo. O Ministério aponta que a queda pode estar relacionada a greve dos auditores fiscais, que começou em agosto de 2015. "[A paralisação] provocou uma redução do quadro de auditores que realizam a fiscalização, afetando os números finais de 2016, tanto em operações como em resgates e estabelecimentos inspecionados", informou.
A junção e, em seguida, a separação do Ministério do Trabalho com a Previdência Social, gerou um impasse burocrático segundo a pasta, o que teria provocado a falta de repasse de recursos.
"Todas as denúncias urgentes foram atendidas pelas equipes de fiscalização, mesmo em períodos de greve", completa o informe.
Uma medida adotada aumentar enfrentamento ao trabalho escravo e infantil foi a criação de um site de denúncia, lançado em agosto de 2016. O projeto é uma parceria do Ministério com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).
Fonte: Noticias ao Minuto