
Morreu nesta sexta-feira (23), aos 81 anos, o fotógrafo Sebastião Salgado, um dos mais respeitados nomes da fotografia mundial. Segundo informações divulgadas pela Folha de S.Paulo, Salgado vinha sofrendo complicações de uma malária contraída nos anos 1990. Ele vivia em Paris, cidade onde passou boa parte de sua carreira profissional.
Nascido em Aimorés, no interior de Minas Gerais, em 1944, Salgado iniciou sua carreira na fotografia em 1973, após abandonar uma promissora trajetória como economista. Desde então, percorreu mais de 100 países, registrando imagens que se tornaram marcos no fotojornalismo, com uma abordagem profundamente humana e social.
Salgado ganhou reconhecimento internacional por projetos de longa duração que documentaram temas como migrações, trabalho, fome, conflitos e a relação do homem com o meio ambiente. Seu olhar, sempre empático e tecnicamente impecável, influenciou gerações de fotógrafos e provocou reflexões sobre a condição humana e as desigualdades sociais.
Em 2014, sua vida e obra foram retratadas no documentário "O Sal da Terra", codirigido por Wim Wenders e seu filho, Juliano Ribeiro Salgado. O filme foi premiado no Festival de Cannes e indicado ao Oscar de Melhor Documentário, consolidando ainda mais o legado de Salgado fora do universo da fotografia.
Sebastião Salgado deixa dois filhos e um legado que transcende sua arte, com um olhar atento às questões mais urgentes do nosso tempo.
Fonte: Brasil 247