Brasil

IMPOSTO DE RENDA

Lula aumenta isenção do imposto de renda para até dois salários mínimos

Em evento com trabalhadores na zona leste de São Paulo, o presidente prometeu manter a medida até o final do seu mandato em 2026

Da Redação

Quinta - 02/05/2024 às 12:19



Foto: Foto: Paulo Pinto
Foto: Paulo Pinto

Em evento com trabalhadores na zona leste de São Paulo, em comemoração ao Dia do Trabalhador, nesta quarta-feira (1º), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o Projeto de Lei nº 81/2024, que corrige a tabela do Imposto de Renda, aumentando a isenção para quem recebe até dois salários mínimos por mês. Lula reafirmou sua promessa de isentar do pagamento do imposto de renda aqueles que ganham até R$ 5 mil mensais até o final de seu mandato em 2026.

“Esse país vai tratar com muito respeito 203 milhões de homens e mulheres que moram nesse país. A economia brasileira já voltou a crescer, o salário já voltou a crescer, o imposto de renda eu prometi para vocês que até o final do meu mandato, até R$ 5 mil as pessoas não pagarão imposto de renda. E estou dizendo para vocês a palavra continua em pé”, disse Lula, destacando a articulação dos seus ministros com o Congresso Nacional na aprovação de medidas de interesse do governo. 

Durante o evento, Lula também assinou o decreto de promulgação da Convenção e Recomendação sobre o Trabalho Decente para as Trabalhadoras e os Trabalhadores Domésticos.

Desoneração

Lula criticou a manutenção da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia, afirmando que “não haverá desoneração para favorecer os mais ricos”. Ele se opôs à desoneração da folha de pagamento de empresas sem contrapartida aos trabalhadores.

A desoneração da folha de pagamento tem um impacto de cerca de R$ 9 bilhões por ano na Previdência Social. A ajuda aos pequenos municípios resultará em uma perda de arrecadação de R$ 10 bilhões por ano para o governo. O governo recorreu ao Supremo Tribunal Federal e a ação tem o placar de 5 a 0 na Corte para suspender a desoneração.

O evento em São Paulo foi realizado no estacionamento da Neo Química Arena, na zona leste da capital paulista, marcando a primeira vez que a celebração não foi realizada na região central da cidade, no conhecido Vale do Anhangabaú.

Durante seu discurso, Lula comentou sobre o esvaziamento do evento e cobrou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, responsável pela articulação do governo com os movimentos sociais.

“Não pense que vai ficar assim. Vocês sabem que ontem eu conversei com ele sobre esse ato e eu disse para ele, ‘Márcio, o ato está mal convocado, nós não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar’. Mas, de qualquer forma, eu estou acostumado a falar com mil, com 1 milhão, mas também, se for necessário, eu falo apenas com uma senhora maravilhosa que está ali na minha frente”, disse Lula.

Pelo sexto ano seguido, os atos políticos do Dia do Trabalhador em todo o país são organizados, de forma unificada, pelas centrais sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB e Intersindical Central da Classe Trabalhadora. Shows e apresentações culturais também fizeram parte da programação.

Fonte: Agência Brasil

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