Foto: Reprodução/Depositphotos
Imagem ilustrativa/Fome
A Folha de S.Paulo publicou nessa terça-feira (7) relatos sobre a fome no estado do Rio Grande do Norte, no Nordeste brasileiro. É uma realidade que se alastra pelo país. Sob o governo de Bolsonaro, ossos de boi se tornaram artigos vendidos nos açougues de capitais, quando antes eram doados. O Brasil, durante o governo da presidente Dilma, saiu do Mapa da Fome da ONU em 2014, mas agora regride.
O município de Senador Elói de Souza está em estado de calamidade pública pela seca. O Rio Grande do Norte, segundo a Ana (Agência Nacional de Águas), é o mais afetado do Nordeste pela estiagem. Mais da metade (52%) dos municípios potiguares estão em “seca grave”.
Por conta disso, a secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social calcula que 370 mil famílias estejam na extrema pobreza, o maior patamar em uma década.
"A mistura, às vezes, é ovo. Às vezes, não tem. Nem calango, nem lagarto tijuaçu tem mais aqui. Eles migram atrás de água." Há quem diga que os que ficam "são pequenos como lagartixas", relata um morador.
De acordo com a secretaria, o número de famílias em situação de pobreza também subiu e aumentou o número de pessoas que sofrem com a fome. São mais de 1 milhão de pessoas, quase 38% da população, na pobreza e na extrema pobreza.
“Evidentemente a seca agrava o quadro. Mas tem vários fatores, como a fila de espera no Bolsa Família —várias famílias, desde 2019, 2020, aguardam para entrar no programa e isso dificulta o direito à renda”, diz a titular da pasta, Iris Oliveira. A eliminação de postos de trabalho na pandemia e o encarecimento da cesta básica pioram o cenário.
Fonte: Revista Fórum/ Brasil 247
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