
À medida que as temperaturas caem, os riscos para a saúde dos animais domésticos aumentam. Com o ar mais seco e as mudanças na rotina, cães e gatos ficam mais vulneráveis a uma série de problemas respiratórios, articulares e urinários. Para os tutores, entender essas ameaças e adotar medidas preventivas pode ser determinante para o bem-estar dos pets durante os meses mais frios do ano.
Entre os cães, a traqueobronquite infecciosa, conhecida como Tosse dos Canis, é uma das enfermidades respiratórias mais comuns nesta época do ano. O médico-veterinário Luiz Felipe Cibin, do Hospital Veterinário LeVet, explica que a doença tem alta transmissibilidade, especialmente em locais com grande concentração de animais. “É uma condição semelhante à gripe nos humanos e pode acometer cães de qualquer idade, mas filhotes e idosos são mais vulneráveis”, afirma.Outro problema que preocupa os tutores é a gripe canina, causada pelo vírus da influenza canina (CIV). Em alguns casos, a doença evolui para quadros mais graves, como pneumonia e febre persistente. Além disso, pets idosos e aqueles com predisposição genética apresentam maior incidência de doenças articulares, incluindo artroses e displasias, que tendem a se agravar durante os períodos mais frios.
Nos gatos, as doenças respiratórias também são motivo de preocupação. A rinotraqueíte felina, popularmente chamada de gripe felina, tem sintomas característicos, como espirros, secreção nasal e ocular, febre e perda de apetite. “Gatos que vivem em ambientes fechados, com pouca ventilação, são os mais afetados. E, nos casos crônicos, o risco de agravamento é maior no frio”, destaca Cibin.
Além dos impactos respiratórios, especialistas alertam para o aumento de infecções urinárias em gatos, especialmente machos. A principal causa é a redução na ingestão de água durante o inverno, favorecendo a formação de cálculos e processos inflamatórios.
Para reduzir os riscos, veterinários recomendam medidas preventivas, como manter os pets aquecidos, evitar passeios em horários de temperaturas muito baixas, reduzir a frequência dos banhos e estimular a ingestão de líquidos. A vacinação também é um fator essencial para prevenir infecções sazonais.“A prevenção é sempre o melhor tratamento. O indicado é buscar um check-up preventivo de inverno como forma de prevenção para essa época do ano”, finaliza Cibin.
Fonte: Sérgio Dias
