Ex-aluno da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Gustavo Metropolo, terminou com três condenações por crime de racismo ao chamar um aluno negro da instituição de “escravo” em grupo de WhatsApp. O caso ocorreu em 2018 e ambos atualmente são ex-alunos.
Gustavo Metropolo foi condenado pelas justiças criminal e cível definitivamente, além de indenizar a vítima João Gilberto Lima. O caso transitou em julgado quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, em junho, o recurso interposto pela defesa de Metropolo, segundo o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert).
Por ambos serem ex-estudantes da FGV, o processo tramita na Secretaria da Justiça e Cidadania, do governo do estado, com apenas um recurso do acusado a ser analisado. Na conclusão do âmbito criminal, o acusado tem pena estabelecida de dois anos de reclusão e dez dias-multa. Contudo, o réu não será preso, dada a possibilidade autorizada pela justiça de substituição de prisão por trabalho à comunidade.
No ano do crime, em 2018, o réu negou a autoria e afirmou que teve o celular roubado na época. Conforme o Ceert, “ao somarmos os valores de indenização e sanção pecuniária, chegamos ao total de condenação a pagamentos pelo ex-estudante da FGV Gustavo Metropolo, de soma de R$ 120.977,34 (cento e vinte mil, novecentos e setenta e sete reais e trinta e quatro centavos)”.
João Gilberto Lima, que concluiu o curso de Administração Pública na FGV e hoje trabalha como assessor de informação em políticas públicas, comemorou o desfecho judicial do caso e acredita que isto encorajará vítimas de racismo a denunciarem os seus casos.
Fonte: Metropoles, G1