Brasil

Direção da Petrobrás oferece à alta cúpula aumento e aos trabalhadores mais sacrifício

Na reunião realizada com os dirigentes sindicais, onde novamente se limitou a comunicar a decisão

Redação

Quinta - 02/04/2020 às 10:30



Foto: Ascom Petrobrás
Petrobrás

No Dia da Mentira, 1º de Abril, a direção da Petrobrás anunciou o que deveria ser, no máximo, uma piada de mau gosto: redução nos próximos três meses de até 25% nos salários dos petroleiros e petroleiras, incluindo também a diminuição da jornada diária do regime administrativo de 8 horas para 6 horas.

Na reunião realizada com os dirigentes sindicais, onde novamente se limitou a comunicar a decisão, os representantes da companhia justificaram a medida como reflexo da sequência de quedas no preço do petróleo, devido à pandemia do novo coronavírus e aos conflitos geopolíticos envolvendo países como Rússia e Arábia Saudita. No entanto, trata-se de uma medida de ocasião, feita sob encomenda para aprofundar os ataques à categoria. Basta lembrar que a decisão ocorre poucos dias após o comando bolsonarista, que hoje conduz a companhia, anunciar aumento de 26% para a gestão executiva.

Por isso, a Federacão Nacional dos Petroleiros (FNP) já se posicionou contrária à medida e lançará mão de todas as saídas políticas e jurídicas à disposição para reverter este absurdo. De um lado, a direção da empresa exige mais sacrífcios ao seu maior ativo, a força de trabalho, e de outro lado é generosa com aqueles que assumiram funções gratificadas para aplicar o desmonte de direitos da categoria e a destruição da Petrobrás.

Aliás, cabe lembrar que os prejuízos gerados pela pandemia aos negócios da Petrobrás poderiam ser, no mínimo, atenuados se essa gestão não tivesse optado pela venda a preço de banana de ativos estratégicos, como Suape, BR Distribuidora, Fafens e NTS. Desintegrada, presa ao papel de mera exportadora de óleo cru e refém da política de paridade com o preço internacional do barril de petróleo, a empresa vem sendo sabotada por Roberto Castelo Branco, bolsonarista que hoje comanda a Petrobrás.

Adaedson Costa, coordenador-geral do Sindipetro-LP, fez um resumo da reunião realizada entre FNP e Petrobrás, apontando ainda que não faltam alternativas para revogar este ataque. Duas delas: reduzir os trabalhadores comissionados, contratados para destruir a empresa com renda mensal de até R$ 40 mil mensais, e cancelar o bônus-pelego (PPP), garntindo o pagamento da PLR 2019 com isonomia. Confira no vídeo (clique na imagem)


Fonte: Imprensa SindipetroLP

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: