Um dos grandes destaques desta edição da Feira da Agricultura Familiar, Povos Tradicionais e Economia Solidária do Piauí foi o compromisso com a acessibilidade, com a presença de intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras) durante toda a programação. O evento, que aconteceu no Espaço Rosa dos Ventos, na UFPI, foi encerrado neste sábado.
Renata Couto, assistente social e intérprete de libras da feira, de 49 anos, falou sobre a importância da iniciativa. “Estamos fazendo com que a acessibilidade seja respeitada. Muitas pessoas surdas evitam ir a eventos como esse por essa falha na comunicação”, destacou, informando que ela atendeu 4 pessoas.

“Da chegada à recepção do evento, a pessoa surda ou com qualquer deficiência, que precise de informações, está sendo atendida. Além desse trabalho, durante todo o evento, nos shows e outras apresentações, temos intérpretes tornando possível a acessibilidade em todas as apresentações”, disse. Renata
Soraia Moura, intérprete de libras e tradutora da feira, de 43 anos, explica que a iniciativa quer melhorar a qualidade de vida que as pessoas surdas precisam ter em seu dia a dia. “Essa profissão me ajuda a viabilizar o direito das pessoas surdas ao acesso à comunicação, à informação, estou viabilizando o direito linguístico que, assim como nós, ouvintes, temos acesso, as pessoas surdas também devem ter”, comentou.
A presença dos tradutores garantiu uma ponte importante entre o público surdo e toda a programação do evento, assegurando que pessoas não ouvintes também pudessem acompanhar plenamente as palestras, oficinas e apresentações culturais, tornando a feira um espaço mais acessível e acolhedor para todos.