Olhe Direito!

Olhe Direito!

O pediatra com rosto de anjo

Sua morte trouxe, é certo, a tristeza que nos invade quando um ser de luz nos deixa

Alvaro Mota

Quinta - 14/01/2021 às 12:47



Foto: Divulgação Dr. Messias Melo
Dr. Messias Melo

O dr. Messias Melo, morto na semana passada, parecia – e só parecia – ser um homem frágil, dado seu físico de pouco volume, com o rosto e o corpo de um querubim, alguém disposto para o bem, sempre. Era um anjo, por assim dizer. Corpo franzino, um gigante médico, pediatra de gerações de teresinenses, responsável pela vida e pela saúde de muita gente.

Sua morte trouxe, é certo, a tristeza que nos invade quando um ser de luz nos deixa. Parece que a falta de um farol como desse pediatra com rosto de anjo vai nos fazer perder o caminho ou ao menos caminhar com menos segurança e mais vagar. Ocorre é que se a luz física, a luz espiritual se espraia. Mas esse acontecimento inexorável também serviu para que muita gente expressasse a gratidão a ele, lhe prestasse homenagem, lhe reconhecessem virtudes únicas e incontestáveis.

Dá-se na manifestação dos que amavam e admiravam o Dr. Messias Melo o espraiamento das qualidades de um espírito iluminado. E isso não é somente uma frase bonita, mas uma constatação diante de tantos os que vieram à luz para expressar bons sentimentos em relação ao médico falecido.

>>O dia da gratidão

>>Ano para esquecer?

Li, entre tantas mensagens, uma que me tocou. Não sei que escreveu, mas concordo com cada palavra escrita. O texto sugere, com muita justiça, que morreu um anjo, embora anjos não morram – eles se transformam ou mudam de plano, poderíamos intuir ou, como sugere o autor anônimo (ou autora) do texto que recebi, “ele voltou para junto de Deus, onde é o lugar dos anjos.”

O texto mencionado apenas faz justiça, como já posto, a um médico “que tanto dignificou sua profissão, que lutou pelos nossos filhos, tão corajosamente, tão diligentemente, tão carinhosamente, tão silenciosamente”.

Tudo isso, mesmo sendo uma “figura frágil, pequena, mirrada, parecia que pairava no ar, ele não caminhava, [porque] andar é para simples mortais e ele era um gigante quando cuidava de todos nós”.

Então, a hora é de agradecer a esse gigante com rosto de anjo. É gratidão o que se pode ter a médico que cuidou de meus filhos e dos filhos de tantas pessoas, que foi um cidadão cordato e realizador; que se fez respeitado por seus pares e formou uma família muito digna e feliz.

É claro que a ausência física dele deixa um vazio e enche de tristeza os corações daqueles que o amavam e admiravam, mas, como já dito, anjos não morrem, apenas vão para junto de Deus. Deixam saudade, mas a luz que emanam nos podem guiar pelo mesmo caminho do bem trilhado por década pelo grande Dr. Messias Melo.

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Álvaro Mota

Álvaro Mota

É advogado, procurador do Estado e mestre em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Álvaro também é presidente do Instituto dos Advogados Piauienses.

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