Olhe Direito!

Olhe Direito!

O dia da gratidão

Há uma enorme carga de significados para a celebração dos Santos Reis, dos presentes que eles levam, da sabedoria que encerra o ato

Alvaro Mota

Quinta - 07/01/2021 às 17:59



Foto: Reprodução Festa de Santos Reis
Festa de Santos Reis

Ontem, cristãos católicos celebraram mundo afora o Dia de Santos Reis. Segundo a tradição cristã, três magos visitaram o Menino Jesus, guiados até Ele pela Estrela de Belém. As narrativas posteriores ao que diz o Evangelho, fizeram com que os magos que foram adorar a criança sagrada fizeram dos magos do Oriente (sábios) reis e representantes da Humanidade diante de Deus.

Os magos levaram presentes para o Menino Jesus. Não qualquer presente, mas o incenso, que mostra a divindade do Cristo; o ouro, que lembra a sua nobreza de espírito; a mirra, usada no Oriente para preparar os mortos para o sepultamento, indicando a humanidade do Menino Deus.

Há uma enorme carga de significados para a celebração dos Santos Reis, dos presentes que eles levam, da sabedoria que encerra o ato. Um desses significados e lições é o fato de que os Magos foram a Jesus para adoração e os presentes a Ele dados, além do significado já posto, carregam a lembrança de gratidão, de que nós todos devemos ser gratos à vida, aos que nos ajudam e muitas vezes até mesmo aos que nos criam embaraços e obstáculos, porque nos ensinam sobre como ter resiliência e contornar os problemas à busca de soluções.

O Dia dos Santos Reis, por isso mesmo, quem sabe, é também celebrado como o Dia da Gratidão. Mas a data ficou para trás, ontem, e se poderia nem recordar dela ou de seu sentido. Ocorre é que agradecer a graça da vida, a boa saúde, os nossos êxitos e a chance de superar os fracassos é tarefa de todo dia – gratidão não é uma coisa que a gente exerça uma vez perdida e esteja por isso pleno dessa virtude e graça. Não! Gratidão tem que encher nossos corações o tempo inteiro.

Assim, muito mais que pedir a Deus, devemos estar sempre prontos a agradecer todo santo dia – mesmo nos maus dias, naqueles em que a gente possa considerar o abandono de Deus, porque até o Cristo, adulto, sentiu esse abandono em sua agonia na cruz. Gratidão, portanto, é um olhar para trás sempre, para ver quem nos ajudou ou nos fortaleceu, ainda que com ações negativas.

Se seguimos vivos e bem pela vida, com boa saúde, disposição e capacidade para trabalhar, nós devemos sempre exercer a gratidão e, junto disso, fazer disso uma atitude de ajudar as pessoas, porque se estamos bem, temos o dever de ser solidários sempre.

Siga nas redes sociais
Álvaro Mota

Álvaro Mota

É advogado, procurador do Estado e mestre em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Álvaro também é presidente do Instituto dos Advogados Piauienses.

Compartilhe essa notícia: