Olhe Direito!

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O Brasil e os ativos ambientais

Essa preocupação tem a ver com negócios e rentabilidade de fundos de investimento, por exemplo

Alvaro Mota

Sexta - 18/11/2022 às 08:36



Foto: ig Meio Ambiente
Meio Ambiente

Graças ao debate global sobre meio ambiente que se dá no momento no Egito e, face a condição do Brasil de um dos protagonistas nesse processo, é sempre bom lembrar que preservação, conservação e sustentabilidade não são apenas palavras da moda ou de uma militância ambientalista que de algum modo está no polo oposto de pensamentos econômicos liberais ou capitalistas.

Um crescente número de empresas e negócios já se fixa na chamada Agenda ESG, iniciais para a designação em inglês de governança corporativa socioambiental (Environmental, social, and corporate Governance, na sigla em ingês), que relaciona empresas e corporações a práticas verdes, respeito à diversidade humana, produção ambientalmente sustentável ao longo de toda a cadeia que envolve os negócios da organização empresarial.

Essa preocupação tem a ver com negócios e rentabilidade de fundos de investimento, por exemplo. Em países mais ricos, quem tem dinheiro investido quer saber se os seus ativos estão ligados a atividades que preservem o meio ambiente, além de garantir a participação de todos os públicos no processo econômico, o que significa ampla e diversificada inclusão social.

Assim, é bastante provável que cada vez mais investidores físicos e empresas se voltem para negócios ambientalmente sustentáveis, entre os quais a conservação de florestas e outros biomas sejam uma ponta de lança da geração de renda e lucros para eles. Não se trata de caridade ou militância, mas de uma visão ou modelo de negócios em que o ganho financeiro não pode ignorar riscos e perdas ambientais, ao contrário, deve representar menor dano e maior ganho pela via da sustentabilidade.

No que se pode observar até aqui pelo já dito ou pelo que o leitor já tem conhecimento prévio, estamos diante de um mundo em que países como o Brasil são donos de grandes ativos ambientais – o que naturalmente inclui o nosso estado do Piauí. Ou seja, nós estamos diante de excelentes perspectivas para que, contribuindo para a melhoria das condições climáticas futuras do planeta, possamos ganhar mais renda e mais qualidade de vida.

Por isso mesmo, parece adequado sugerir que estejamos prontos no Brasil, como estado e sociedade, para assegurar que os ativos ambientais venham em socorro da nossa economia e, no que se projeta como sustentabilidade, possa resultar em generalizada melhoria de vida para todos.

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Álvaro Mota

Álvaro Mota

É advogado, procurador do Estado e mestre em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Álvaro também é presidente do Instituto dos Advogados Piauienses.

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