Olhe Direito!

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Negócios do Piauí

Da Redação

Quinta - 03/11/2022 às 12:32



Foto: Paulo Pincel Palácio de Karnak
Palácio de Karnak

A partir de 1º de janeiro de 2023, o Piauí terá um novo governador – que será novo porque vai exercer seu primeiro mandato político e é novo sob o aspecto etário, sendo o primeiro político nascido nos anos 1980, após a redemocratização do país, a assumir o comando do Estado. Deve seguramente ter uma visão bastante diferente de todos os que o antecederam, criados nas refregas políticas de antes e de durante o regime autoritário de 1964.

Mas vamos desconsiderar as questões políticas, que certamente guiam o governador e quem lhe faz oposição, e focar no aspecto econômico que muito mais interessa a um Estado que precisa e deve expandir seu Produto Interno Bruto como eficaz mecanismo de inclusão social e econômica de gigantescos contingentes de pessoas.

O desafio do Piauí para as próximas décadas inclui a adoção de políticas públicas capazes de alavancar negócios e arranjos produtivos que ocupem mão de obra e gerem renda para garantir que as pessoas possam se inserir na roda da economia – de um lado produzindo riqueza, de outro consumindo parte dessa riqueza, o que cria um círculo virtuoso de expansão das bases econômicas.

Obviamente que não é essa uma tarefa para o espaço de um mandato de governo. Criar um ambiente propício a negócios e expansão da base econômica exige planejamento, segurança jurídica, definição de metas e prioridades, identificação de onde, como e onde investir – e isso se faz em horizontes de décadas.

Por isso mesmo, parecem boas as informações que são divulgadas sobre o desejo do novo governador de trabalhar no sentido de fazer uma transformação econômica por meio de uma gestão que busca se mais eficiente no âmbito da máquina estatal, para daí obter as condições de apoiar empreendimentos privados em áreas mais competitivas – e isso pode incluir desde grandes empresas até um microempreendedor individual, além de inciativas como as startups.

Vamos, então, imaginar que em um mundo dominado pela necessidade de empresas com práticas sustentáveis, o Piauí com seus enormes potenciais de produção agropecuária e de geração de energia limpa possa ser, por ação de seu governo, um estado que foca em modelos de negócios focados em responsabilidade socioambiental – isso para ficarmos apenas num exemplo mais amplo do variado campo de oportunidades de empreendimentos que podemos e devemos atrair dentro do que se espera como política pública local para favorecer nossa expansão econômica.

Álvaro Fernando da Rocha Mota é advogado. Procurador do Estado. Ex-Presidente da OAB-PI. Mestre em Direito pela UFPE. Doutorando em Direito pela PUC-SP. Presidente do Instituto dos Advogados Piauienses. Presidente do CESA-PI.

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Álvaro Mota

Álvaro Mota

É advogado, procurador do Estado e mestre em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Álvaro também é presidente do Instituto dos Advogados Piauienses.

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