Com o seu já notório ar de superioridade, de empáfia, de autoritário, de obstinado na sua causa e de inflexível nas suas pseudas convicções, depois das revelações do conúbio - palavra utilizada pelo ministro Gilmar Mendes, mas que eu chamo mesmo de conluio - com o Ministério Público na Operação Lava Jato, sobretudo com o procurador Deltan Dellagnol, como sobejamente revelado pelo site The Intercept Brasil, fico a imaginar de como foi infectado os autos do processo criminal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo delator Léo Pinheiro, sabendo do desejo irrefreável do então juiz Sergio Moro por informações, lícitas ou não, para condenar o Lula, e, na mesma magnitude, a vontade indômita do delator para sair da prisão. Acredito que foi dito tudo da forma como o julgador queria para incriminar o petista, já que no primeiro testemunho do empreiteiro foi negado terminantemente o que o magistrado queria.
O abuso no processo penal foi tamanho que nada restou provado do alegado pelo Léo Pinheiro, pois o apartamento Triplex continua pertencendo à construtora OAS, o Moro julgou e condenou o melhor presidente do Brasil com base em ilações e não em provas e, por isso, nada mais justo e dignificante do que o Supremo Tribunal Federal (STF) abdicar das suas amarras golpistas e voltar a cumprir no próximo julgamento do Lula o seu papel republicano ao soltar o ex-líder metalúrgico, ou seja, de consubstanciar-se no Estado Democrático de Direito como indeclinável guardião da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.