O artigo “Os médicos sobre Bolsonaro” do Ruy Castro é perfeito. Todos sabem que quase toda a classe médica nacional, juntamente com quase todos os outros profissionais e trabalhadores da saúde, fechou com o atual ocupante do Palácio do Planalto nas eleições presidenciais de 2018, e por motivos inexplicáveis.
Só pode ter sido egocentrismo ao extremo, em razão do favorecido com o irrestrito apoio nunca ter feito nem nunca prometer fazer qualquer coisa producente pela saúde pública ou privada ou pelas categorias da saúde brasileiras. E o pior, a adesão foi voluntária, apaixonada e raivosa.
Como não há qualquer justificativa plausível para tamanho alinhamento à candidatura bozaca, acredita-se que um dos motivos foi os médicos cubanos. Ora, se for verdade, será egoísmo imensurável, inclassificável.
Pois os médicos cubanos serviam às camadas mais pobres da população brasileira e na grande maioria das vezes nas suas próprias residências, o que era um alento e, por isso, alguém desprovido de egoísmo doentio aplaudiria a ação benfazeja do então governo federal em acudir os mais necessitados que, via de regra, sofrem à míngua. O resto o Ruy Castro abordou com muita propriedade e certeiramente.