Teresina, aconteceu na manhã desta segunda-feira (06/05/2019), a 6ª Edição da Marcha das Margaridas Estadual, que contou com a participação de 03 mil trabalhadores e trabalhadoras do campo, da cidade, centrais sindicais, movimentos sociais, sindicatos CUTistas, federações, da diretoria da FETAG-PI, Presidente da Contag, Aristides Veras, Secretária de Mulheres Nacional, Mazé Morais, Governador Wellington Dias, Vice-Governadora, Regina Sousa, Secretário de Estado da Agricultura Familiar, Herbert Buenos Aires, Presidente da Fundação Piauí Previdência, Marcos Steiner, representante do Emater, Francisco Guedes, OAB, deputados Federais Assis Carvalho, Rejane Dias, Merlong Solano, Deputados estaduais, Prefeitos, Vices e Vereadores de vários municípios.
Antônia Ribeiro – Secretaria de Mulheres Trabalhadoras da CUT-PI “A 6ª Marcha das Margaridas Estadual é uma parceria da CUT-PI com a FETAG-PI, onde esse ano de 2019 reflete um cenário de luta das mulheres mais fortalecido por seus direitos, direitos estes que estão ameaçados por esse desgoverno que vem rasgando a nossa constituição, é o momento exato onde homens e mulheres se uniram para ir as ruas dizer não aos desmandos desse governo que ai está, assim como também é a hora da sociedade rever as suas ações com relação ao trabalho, ao emprego, a saúde, a educação, ao direito, a segurança, assim como tantas outras políticas públicas, é a hora de dizer não a reforma da previdência, não a esse desgoverno que está rasgando a nossa constituição brasileira”. Disse
“A 6ª marcha das margaridas estadual é um preparativo para a participação firme das mulheres no estado do Piauí para a Marcha das Margaridas Nacional, que acontece em agosto em Brasília”. Concluiu, Antônia Ribeiro.
Mazé Morais – Secretaria Nacional de Mulheres da CONTAG “A 6ª marcha estadual das margaridas é um momento de integração, de fortalecimento da luta da classe trabalhadora, sobretudo das mulheres, é o momento de intensificar o nosso processo de mobilização para os dias 13 e 14 de Agosto, onde participaremos da marcha nacional das margaridas em Brasília, para chamar a atenção dos parlamentares federais, dizendo que eles têm que votar contra esta reforma que ai está, então, esse momento é marcante para o Piauí, onde as mulheres estão nas ruas denunciando o desmonte do Estado brasileiro e a Reforma da Previdência proposta pelo Governo Federal que impacta diretamente na vida da classe trabalhadora rural, sobretudo na vida das mulheres trabalhadoras rurais, é um momento onde as margaridas estão lutando por seus direitos, contra essa proposta e contra a MP 871 que ataca diretamente os direitos da classe trabalhadora, estamos juntas nessa grande luta e nos fortalecendo cada vez mais para as margaridas do Piauí estar em peso na resistência juntas com várias mulheres de todo o Brasil valorizando e lutando por nossos direitos conquistados”. Destacou.
Elisângela Moura - Presidente da FETAG-PI “Esse ano antecede a nossa 6ª edição da marcha das margaridas, e a realização da marcha estadual traz uma pauta bastante ampla de discussão para debates olhando para as questões do estado, mas nesse momento com essa grande ameaça da perda de direitos da classe trabalhadora, principalmente quando se trata do direito previdenciário através dessa PEC 06 apresentada pelo governo federal, que traz para nós grandes prejuízos principalmente prejudicando os trabalhadores e as trabalhadoras, e nós mulheres neste momento somos as mais prejudicadas, nós sabemos que hoje no campo as mulheres trabalhadoras rurais se aposentam com 55 anos de idade, e a partir do momento que essa reforma for ser aprovada no congresso nacional como ela está isso na verdade não vai mais acontecer, o que nós entendemos é que vai tirar das trabalhadoras o direito de uma aposentadoria por isso está em marcha para mostrar para o estado do Piauí, para os senadores, para os deputados federais, que essa proposta ela é nociva à sociedade, porque 83% das pessoas que estão inseridas nessa reforma que o governo chama de reforma da previdência são pessoas que ganham de 01 até 05 salários mínimos, e o governo diz que seria uma reforma para tirar privilégios, mas esses privilégios estão aonde, cadê ai as grandes empresas, cadê ai as sonegações, porque não se trabalha em investimentos para se gerar empregos, para gerar renda, incluir as pessoas no orçamento da união, não tirar os direitos tão conquistado, suado como é a aposentadoria de um trabalhador e de uma trabalhadora rural”. Concluiu.
Paulo Bezerra – Presidente da CUT-PI: “Estamos fazendo parte da marcha estadual das margaridas, também da audiência pública que discute a reforma da previdência, por entender que é importante barrar essa reforma, entendemos que a nossa contribuição nesse momento o qual esse cenário que se apresenta através desse governo que ai está só traz prejuízos à classe trabalhadora, especialmente as mulheres, que estão sendo prejudicadas, estamos dando a nossa contribuição para o nosso Piauí, para o plenário sindical nacional, dizer que a reforma da previdência não traz resultado positivo para a sociedade, e nem para a população do nosso pais, então essa realização da marcha das margaridas estadual, somada com a realização da audiência pública veio para mostrar tudo o que tem que ser dito para que o congresso nacional não aprove a reforma da previdência”. Disse.
Segundo Paulo, tem setor que serão prejudicados de fato, e sabemos que não existe nenhuma categoria que receba um beneficio com a reforma, essa ideia de dizer que está tirando privilégios não é verdadeira, na verdade está atacando gente, e nós da CUT-PI não vamos permitir isso, então estamos na luta, todas as centrais sindicais, especialmente a nossa central, que faz parte desse processo, na mobilização, na marcha estadual das margaridas, nessa audiência”. Concluiu.
Durante a Marcha das Margaridas Estadual foram feitos vários pronunciamentos através das entidades sindicais que participaram, das secretarias de mulheres trabalhadoras,e de representantes de vários segmentos. As milhares de agricultoras e agricultores se concentraram inicialmente em frente à Praça da Liberdade, no centro da capital. Após algumas falas, gritos de ordem e músicas sobre as margaridas, os/as manifestantes seguiram em caminhada pela Frei Serafim e Avenida Marechal de Castelo Branco rumo a ALEPI. A audiência pública foi requerida pelos Deputados Estadual Franzé Silva e Francisco Lima, aconteceu ás 10h no Cine Teatro.
Franzé - Proponente da Audiência: "O objetivo da audiência pública é exatamente este, fazer com que o povo que hoje está sofrendo com toda situação de desemprego e retiradas de direitos possa neste momento da discussão da Previdência se manifestar.
Audiência Pública na ALEPI contra a Reforma da Previdência e a MP 871
A Audiência Publica que aconteceu também na manhã desta segunda (06/05) no plenarinho da assembleia legislativa, debateu juntamente com alguns deputados estaduais e população presente os impactos das referidas pautas do Governo Federal.