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Para tentar enganar o povo, Lava Jato cria bloqueio de dinheiro que Lula nunca teve


Luiz Inácio Lula da Silva

Luiz Inácio Lula da Silva Foto: Ricardo Stuckert

Os procuradores do Ministério Público Federal no Paraná, que cuidam e cuidavam da Lava Jato com o ex-juiz Sérgio Moro, continuam tentando enganar o povo com uma perseguição implacável ao ex-presidente Lula.

"E, agora, o esquema da Lava Jato parecer contar com o apoio do novo juiz titular da 13ª Vara Federal, no Paraná, Antônio Bonat. Pelo menos é o que se vê com essa decisão", dizem defensores de Lula.

Na interpretação de vários analistas, o ex´-presidente sofre nova agressão à sua imagem, à sua honra e dignidade quando a Lava Jato encena um 'bloqueio' a dinheiro que ele não tem e nunca teve.

O pior: ninguém barra essa onda de crimes de procuradores lavajateiros do Paraná. O TRF 4, o STJ, STF e o Congresso fazem de conta que nada têm a ver com isso, porque, na verdade, é um grande lawfare (termo em inglês que significa perseguição judicial/política/midiática contra uma pessoa).

Em uma nota à imprensa, a assessoria denuncia mais uma manobra da Lava Jato contra o ex-presidente: inventam um 'bloqueio' de R$ 78 milhões, dinheiro que ele não tem nem nunca teve, para manobrar a opinião pública.

Cristiano Zanin e Valeska Teixeira: advogados de LulaA seguir a íntegra na nota da assessoria de Lula sobre o "bloqueio" inventado:

“O ex-presidente Lula não tem e nunca teve patrimônio sequer aproximado da quantia de R$ 78 milhões que o juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba determinou bloquear.

A Lava Jato sabe muito bem que se trata de grosseira falsidade, pois seus procuradores e a Receita Federal fizeram uma devassa arbitrária e ilegal nas contas de Lula, de sua família, da empresa LILS Palestras e até do Instituto Lula, sem encontrar 1 centavo obtido ilicitamente. Lula sequer foi acusado de receber tais valores.

A decisão do juiz é ilegal e abusiva. Seu único resultado é produzir manchetes enganosas, associando o nome de Lula a uma quantia astronômica, como fez a Lava Jato em outros episódios. O ex-presidente já teve seus bens bloqueados em valores muito acima dos definidos pelo STJ.

O bloqueio sem fundamentação jurídica é mais uma medida de perseguição política para inviabilizar o sustento de Lula, sua família e sua defesa. A defesa irá recorrer de mais essa violência.

Assessoria do ex-presidente Lula”

Lula é vítima de Lawfare; entenda o que é Lawfare 

Recorro aqui a um artigo do bacharel em Teologia e Direito, Wagner Francesco, que resume bem o significado de Lawfare. A seguir a íntegra do texto:

Deltran Dallagnol e Sério Moro são acusados de perseguir Lula e o PTLula é vítima de Lawfare? Mas o que é isso?

Mas o que é Lawfare? A grosso modo, é uma guerra travada por meio da manipulação das leis para atingir alguém que foi eleito como inimigo político. É o uso (muitas vezes) abusivo da lei como uma arma de guerra. É a estratégia de utilizar - ou abusar - do direito como um substituto de tradicionais métodos militares para obter sucesso em um conflito.

Ora, numa democracia é necessário que a lei seja obedecida; o Estado, dessa forma, se vale do uso da lei para atacar aqueles/aquilo que considera como inimigo. Desenhando: dar um ar de legalidade aos abusos. Sabe quando alguém diz que apesar do impeachment ter seguido os trâmites legais, ainda assim ele foi golpe? Tipo quando o diabo, para tentar Jesus, usou as palavras de Deus? Pois, quem defende isso defende que houve, no Brasil, uma Lawfare e que Dilma saiu derrotada.

Segundo os advogados do Lula, há a prática de Lawfare, pois, para deslegitimar o ex-presidente, há manipulação do sistema legal, abuso de direito, tentativa de influenciar a opinião pública, judicialização da política e promoção de desilusão popular. Isso porque uma"guerra legal" parte da ideia de que um grupo político vai tentar usar a lei para impedir ou punir a ação de outro grupo político - e esse argumento é usado pela defesa do Lula para passar a impressão de que a atuação do Ministério Público não é só jurídica, mas política também.

Resumo: os advogados do Lula argumentam que nas urnas ninguém o vence, então seus opositores se valem da Lawfare, que é uma guerra jurídica, para derrubá-lo politicamente.

Não caindo no mérito sobre se os advogados do Lula têm razão ou não, o fato é que o uso da lawfare é mais eficiente e menos cansativo que ganhar uma eleição. Nada melhor que derrubar um opositor usando uma via mais destrutiva: de forma legal - ainda que camuflada.

O que posso afirmar é que a Lawfare é inerentemente negativa. Não é uma coisa boa. É o oposto da busca pela justiça, pois, por meio de apresentação de processos judiciais frívolos e do mau uso de processos legais, intimida e frustra os adversários. E ganha uma Lawfare quem tem mais poder: político e econômico - e essa guerra nunca foi novidade num cenário internacional. Se chegou ou não ao Brasil devemos, sim, discutir: mas de repente pode ser só um jus esperniandi...”

(*) O texto de Wagner Francesco encontra-se no seguinte endereço na Internet: https://wagnerfrancesco.jusbrasil.com.br/artigos/395435992/lula-e-vitima-de-lawfare-mas-o-que-e-isso

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Luiz Brandão

Luiz Brandão

Luiz Brandão é jornalista formado pela Universidade Federal do Piauí. Está na profissão há 40 anos. Já trabalhou em rádios, TVs e jornais. Foi repórter das rádios Difusora, Poty e das TVs Timon, Antares e Meio Norte. Também foi repórter dos jornais O Dia, Jornal da Manhã, O Estado, Diário do Povo e Correio do Piauí. Foi editor chefe dos jornais Correio do Piauí, O Estado e Diário do Povo. Também foi colunista do Jornal Meio Norte. Atualmente é diretor de jornalismo e colunista do portal www.piauihoje.com.
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