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Ilegalidade, ganância e vaidade desmoralizam e podem implodir a Lava Jato

Quarta - 13/03/2019 às 02:03



Foto: O CAFEZINHO A Lava Jato se suicidou do alto do triplex que não é de Lula....
A Lava Jato se suicidou do alto do triplex que não é de Lula....

Como já era previsto e vinha acontecendo nos últimos três anos, a Lava Jato foi desmoralizada de vez por mais uma ilegalidade da República de Curitiba, hoje liderada pelo procurador Deltran Dallagnol com o apoio da Juíza Gabriela Hardt. 

A ganância por dinheiro, a mesma dos delatores premiados pelo então juiz Sérgio Moro e os moços do MPF, acabou revelando um acordo espúrio e ilegal, celebrado entre a Petrobrás, o Governo dos Estados Unidos e os procuradores federais que cuidam da Lava Jato no Paraná.

Pelo acordo, uma fundação a ser criada sob orientação do procurador Dallagnol receberia da Petrobrás R$ 2,5 bilhões advindos das indenizações que a empresa pagaria aos acionistas americanos que alegaram na Justiça prejuízos com a corrupção estatal brasileira.

Mesmo sem amparo em qualquer base legal, tudo foi chancelado pela juíza Gabriela Hardt, aquela do Contro+C, Contro+V da sentença de Lula no caso do sítio de Atibaia (SP). O documento assinado pela juíza parecia mais um contrato de gaveta, aquele sem nenhum valor pra Justiça.

O acordo era algo tão pessoal e, ao que parece, só do interesse dos representantes do MPF no Paraná, que eles criaram todas as condições, mesmo ilegais, para celebrá-lo. 

Era tão ilegal que a procuradora geral da República das Bananas, Raquel Dodge, chefe dos lavajateiros, parece só ter sido informada dele depois que o escândalo veio a público. 

O acordo dos lavajateiros da República de Curitiba chegou a ser comparado a um tipo de ação de milícia ou de atuação de organizações criminosas que vivem num estado paralelo. 

Deltan Dallagnol

DEFESA DA ILEGALIDADE - Mesmo bombardeado pela imprensa livre, até ontem (11.03), o pastor Dallagnol (foto acima), aquele do PowerPoint contra Lula, defendia sua cria com unhas e dentes e com a ajuda de seus colegas. Todos eles desapegados e desunidos com dinheiro. 

Hoje (12.03), no entanto, Dallagnol parece ter desistido do negócio que iria criar com os recursos da Petrobrás, uma empresa de economia mista, portanto, bancada com dinheiro público. 

Mas o procurador não apareceu pessoalmente para explicar nada, como fez com o PowerPoint do Triplex. Ele sumiu e, em nota assinada pela turma toda, foi anunciada a suspensão, por enquanto, da fundação bilionária. 

Pelo que ficou claro na nota, os procuradores não desistiram do dinheiro da Petrobrás. Apenas  suspenderam a criação da Fundação Lava Jato até encontrar outra forma de conseguir a grana. A turma não está nem aí pra existência ou não da conta do povo e da União no Tesouro Nacional.

ABAFOU O CASO - A reação ao acordo da "Fundação Lava Jato" foi tão grande que até o ministro Marcos Aurélio Melo, do STF, criticou e condenou publicamente a ilegalidade do negócio. 

Também hoje, a chefe do Ministério Público Federal,  Raquel Dodge resolveu abafar o caso. Sem punir um só dos seus subordinados ousados (pra não usar outro adjetivo), ela pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação total do acordo ilegal feito por seus pupilos. 

O FIM DA LAVA JATO - Com tantas ilegalidades já perpetradas por seus comandantes, a Lava Jato pode acabar em breve, como foi pensado, lá no início, para deixar tudo como era antes e tirar do jogo político quem estava incomodando a elite escravocrata que sempre mandou no país.

E a intenção era essa mesmo, num  "acordo com o STF e tudo", no dizer do todo poderoso ex-senador Romero Jucá. Assim, inúmeras ilegalidades foram cometidas em nome do combate à corrupção para banir os intrusos da Senzala e proteger os donos da Casa Grande.

Foi neste cenário que a ajuda da mídia comercial e familiar criou o "herói" Moro (hoje ministro de Bolsonaro) e a Lava Jato assumiu seu lado político, perseguiu um só partido, o PT. A ação dos bravos de Curitiba quebrou grandes empresa brasileiras, gerou muito desemprego, desestabilou o país para derrubar o Governo Dilma e foi até fim para condenar sem provas e prender Lula, o maior líder político de toda a história do Brasil.

No fim do enrredo tudo ficou como planejado. O intruso Lula foi preso e impedido de disputar as eleições presidenciais de 2018; surgiu um herói do castelo de areia, os rentistas se mantiveram em seus lugares, a extrema direita preconceituosa, racista, homofóbica, violenta e retrógrada voltou ao poder com um "mito" dos fakes.

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Luiz Brandão

Luiz Brandão

Luiz Brandão é jornalista formado pela Universidade Federal do Piauí. Está na profissão há 40 anos. Já trabalhou em rádios, TVs e jornais. Foi repórter das rádios Difusora, Poty e das TVs Timon, Antares e Meio Norte. Também foi repórter dos jornais O Dia, Jornal da Manhã, O Estado, Diário do Povo e Correio do Piauí. Foi editor chefe dos jornais Correio do Piauí, O Estado e Diário do Povo. Também foi colunista do Jornal Meio Norte. Atualmente é diretor de jornalismo e colunista do portal www.piauihoje.com.

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