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CORONAVÍRUS

Firmino diz que teresinenses se comportam como italianos no início da pandemia

Firmino participou de reunião virtual com prefeitos da Itália, um dos países que mais registrou morte por Coronavírus no mundo

Valciãn Calixto

Quarta - 15/04/2020 às 13:35



Foto: Divulgação Firmino Filho durante reunião virtual
Firmino Filho durante reunião virtual

O prefeito de Teresina, Firmino Filho participou de reunião virtual com dois prefeitos italianos nesta quarta-feira (15), entre eles Giorgi Gori, da cidade de Bergamo (epicentro do Coronavírus na Itália) e com Antonio Decaro, prefeito de Bari, e disse que os teresinenses se comportam hoje como os italianos que não acreditaram no isolamento social como medida de restringir a propagação do novo Coronavírus. Participou ainda o prefeito de Campinas (SP), Jonas Donizette.

Espanha e Itália são os países que mais registraram mortes pelo novo vírus. 21.067 italianos já morreram com a pandemia, o país tem 162.488 casos confirmados e apenas 37.130 recuperados. O número de mortes na Espanha chega a 18.706, 177.633 confirmados e 70.853 recuperados.

O último boletim emitido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) aponta que o Piauí 75 casos confirmados da Covid-19, sendo 64 somente em Teresina. Das oito mortes no Piauí, cinco são de Teresina.

O Piauihoje.com apurou que a Fundação Municipal de Teresina (FMS) desenvolveu um painel de monitoramento da Covid-19 em que aponta a zona Leste como a região onde mais registrou casos confirmados da doença. O bairro Jóquei está em primeiro lugar com oito casos, seguido de Fátima (6) e Ininga (5).

Confira sequência de tuítes de Firmino Filho após reunião com prefeitos italianos:

Na reunião virtual da @FNPrefeitos com com prefeitos italianos @giorgio_gori de Bergamo (epicentro da doença no país) e @Antonio_Decaro de Bari, pudemos tirar algumas conclusões importantes no enfrentamento do Novo Coronavírus também para Teresina.

1. Apesar de termos contextos totalmente diferentes, a pandemia se comporta respeitando um certo padrão epidemiológico e social. Além de ser altamente transmissível, não apresentar grande diferença quanto ao clima, o comportamento da população italiana foi muito parecido com a da nossa atualmente. A incredulidade quanto ao perigo da doença foi o primeiro e grande responsável pela morte de milhares de pessoas em Bergamo (mais de 6 mil, numa cidade de menos de 150 mil habitantes). Segundo o prefeito, as pessoas só acreditaram quando começaram a morrer pessoas muito próximas. Isso fez com que a região perdesse um tempo precioso.

2. O caos instalado na região, que ficou famosa pelos cortejos com centenas de caixões, aconteceu pela demora na tomada de decisões por medidas protetivas mais duras;

3. As regiões italianas que conseguiram antecipar essas medidas, conseguiram controlar a pandemia de forma mais eficiente;

4. Nenhum país do mundo, nem mesmo os mais ricos e estruturados, são capazes de suportar a demanda da saúde de uma pandemia como essa. Então, o isolamento social é nossa grande arma;

5. Os prefeitos chamaram atenção para a importância de se redobrar cuidados com idosos e com quem cuida dos idosos. Isolamento ainda mais forte, uso de mascaras e higiene total;

6. Ao contrário do Brasil, na Itália não houve discrepância do pensamento do Governo Federal e prefeitos. Todos seguiram as determinações das autoridades sanitárias. Ou seja, isolamento social;

7. Apesar da região já ter passado do pico da pandemia e já estar tendo decréscimo no numero de infectados, ao contrário do Brasil, o isolamento social segue pelo menos até maio. As aulas escolares só devem voltar em setembro.

VEJA A VIDEOCONFERÊNCIA:

Confira os prints dos Twitter de Firmino Filho

NÚMEROS DO COVID-19 NO BRASIL

Subiu para 25.262 o número de casos confirmados de coronavírus no Brasil. Foram 1.832 novas confirmações em 24 horas. O número de óbitos também aumentou, agora são 1.532. Foram 204 mortes em apenas um dia. Os números estão consolidados com as informações que foram repassadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde ao Ministério da Saúde até às 14h desta terça-feira (14).

Os governadores do Pará e Rio de Janeiro, Helder Barbalho e Wilson Witzel confirmaram que testaram positivo para o novo vírus hoje.

Como se proteger do coronavírus?
Lavar as mãos frequentemente por 20 segundos com água e sabão ou higienizá-las com álcool em gel;

Cobrir o nariz e a boca com um lenço ou o cotovelo ao tossir e espirrar;

Evitar contato próximo (um metro de distância) com pessoas que não estejam bem;

Ficar em casa e se isolar das outras pessoas que moram com você caso apresente os sintomas da doença.

Quais são os sintomas do COVID-19?
Os sintomas mais comuns do COVID-19 são febre, cansaço e tosse seca. Alguns pacientes podem ter dores, congestão nasal, corrimento nasal, dor de garganta, diarreia, perda do olfato e paladar. Esses sintomas geralmente são leves e começam gradualmente. Algumas pessoas são infectadas, mas não desenvolvem sintomas e não se sentem mal. A maioria das pessoas (cerca de 80%) se recupera da doença sem precisar de tratamento especial. Cerca de 1 em cada 6 pessoas que recebe COVID-19 fica gravemente doente e desenvolve dificuldade em respirar. As pessoas idosas e as que têm problemas médicos subjacentes, como pressão alta, problemas cardíacos ou diabetes, têm maior probabilidade de desenvolver doenças graves. Pessoas com febre, tosse e dificuldade em respirar devem procurar atendimento médico.

Quem é do grupo de risco?
Idosos e pessoas com condições médicas pré-existentes (como pressão alta, doenças cardíacas, doenças pulmonares, câncer ou diabetes) parecem desenvolver doenças graves com mais frequência do que outros.

O que é coronavírus?
Os coronavírus são uma grande família de vírus que podem causar doenças em animais ou humanos. Em humanos, sabe-se que vários coronavírus causam infecções respiratórias que variam do resfriado comum a doenças mais graves, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença de coronavírus COVID-19.

O que é o COVID-19?
COVID-19 é a doença infecciosa causada pelo coronavírus descoberto mais recentemente. Este novo vírus e doença eram desconhecidos antes do início do surto em Wuhan, China, em dezembro de 2019.

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