Saúde

COVID-19

Vacina brasileira contra a covid-19 deve chegar à população em 9 meses

Denominada RNA MCTI CIMATEC HDT, iniciaram, em janeiro, a sua fase 1 de testagens

Redação

Quarta - 02/03/2022 às 09:36



Foto: Divulgação Vacina
Vacina

Mais uma dose de esperança no enfrentamento à Covid-19. De acordo com a fala, nessa terça-feira (1º), do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, a vacina brasileira estará disponível à população em nove meses. Denominada RNA MCTI CIMATEC HDT, iniciaram, em janeiro, a sua fase 1 de testes em pacientes. 

Para o desenvolvimento do imunizante, pesquisadores brasileiros da Rede Vírus MCTI fizeram uma parceria com a americana HDT Bio Corp. Além disso, a vacina é financiada pelo Governo Federal, através do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), que, segundo o ministro, recebe um investimento de R$ 350 milhões, e é produzida no SENAI CIMATEC de Salvador (BA). 

Autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), os testes da fase 1, também, estão sendo conduzidos em Salvador. “Nós investimos em 16 tecnologias de vacinas no Brasil. Dessas 16, cinco entraram na Anvisa para iniciar os teste clínicos. Uma dela passou, foi aprovada pela Anvisa e já começou os testes clínicos que deve durar nove meses”, afirmou Pontes que estava participando da Mobile World Congress 2022, principal feira do mundo do setor de telecomunicações, em Barcelona, na Espanha.

Com relação ao tipo da vacina que está sendo elaborada, ela usa tecnologia de RNA mensageiro. O código genético do vírus vai para dentro do corpo, e, lá dentro, fornecem instruções para que as células e sistema imunológico construam uma resposta e gerem anticorpos. A tecnologia RepRNA permite que o RNA seja capaz de se autorreplicar dentro das células, o que garante uma resposta imune robusta e duradoura com uma dose menor da vacina.

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A fase 1 de testagem deve contar com a participação de 90 adultos saudáveis, com idades entre 18 e 55 anos e tem como objetivo avaliar a segurança, imunogenicidade (capacidade de gerar resposta imune) e a reatogenicidade (possível reação adversa no organismo) do imunizante. 

O cronograma de teste presume que a aplicação do imunizante seja realizada em duas doses com diferentes intervalos. O primeiro grupo receberá duas doses com intervalo de 29 dias, o segundo grupo deve receber duas doses com intervalo de 57 dias , já um terceiro grupo de voluntários receberá uma dose única. Também serão avaliados três níveis de dose de 1 μg (micrograma), 5 μg ou 25 μg.

Além disso, testes com voluntários devem acontecer também nos EUA e na Índia.

Fonte: Agência Brasil

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