Foto: Paulo Pincel
Enfermeiros e técnicos do Estado estão em greve por tempo indeterminado
Profissionais da enfermagem realizaram, na manhã desta terça-feira (2), uma manifestação em frente à Prefeitura de Teresina, no centro da cidade contra os cortes nos contracheques do enfermeiros, auxiliares e técnicos em enfermagem que atuam na linha de frente da covid-19.
“Nós temos contracheques de R$ 83,00, contracheques zerados, e o prefeito vem aqui agredir os profissionais, dizer que não deve nada, isso é uma agressão, pessoas que até pouco tempo eram heróis, e hoje não temos poder de compra, temos contracheque de R$ 29,00, isso é a realidade”, disse Erick Riccely, presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Estado do Piauí (Senatepi).
A manifestação teve início às 8h e cerca de 100 trabalhadores em saúde aguardam um novo posionamento do poder público municipal. A categoria reforçou que se não houver nenhuma negociação, vai entrar de greve.
Em nota, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina esclarece que "não houve corte nos salários dos profissionais de saúde, eles continuam recebendo a insalubridade de 20% imposta em lei. O Governo Federal retirou os extras que eram recebidos em 2020 através de financiamento do Ministério da Saúde. O repasse financeiro do Ministério da Saúde girava em torno de R$ 13 milhões por mês e custeava despesas Covid em geral (incluindo os acréscimos salariais). O montante do MS foi cortado em dezembro de 2020".
Diz ainda que "a Prefeitura de Teresina manteve ainda em janeiro de 2021,com recursos próprios, os pagamentos integrais. A FMS informa ainda que existe uma mobilização nacional das Prefeituras para tentar ver o custeio dessa despesa Covid junto ao Ministério da Saúde, mas os municípios ainda não obtiveram sucesso".
Confira a nota na íntegra:
A Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina esclarece que não houve corte nos salários dos profissionais de saúde, eles continuam recebendo a insalubridade de 20% imposta em lei. O Governo Federal retirou os extras que eram recebidos em 2020 através de financiamento do Ministério da Saúde. O repasse financeiro do Ministério da Saúde girava em torno de R$ 13 milhões por mês e custeava despesas Covid em geral (incluindo os acréscimos salariais). O montante do MS foi cortado em dezembro de 2020.
A Prefeitura de Teresina manteve ainda em janeiro de 2021,com recursos próprios, os pagamentos integrais.
A FMS informa ainda que existe uma mobilização nacional das Prefeituras para tentar ver o custeio dessa despesa Covid junto ao Ministério da Saúde, mas os municípios ainda não obtiveram sucesso.
O Ministério da Saúde cortou o custeio de despesas Covid como um todo, não só referente aos pagamentos extras para profissionais de saúde. Houve corte também quanto aos pagamentos de custos com insumos e outras despesas. A FMS custeia, no momento, com recursos próprios todas as despesas Covid na capital.
Quanto ao Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), a FMS informa que o mesmo foi extinto ainda em agosto de 2020. Houve a criação do programa Previne Brasil, o qual a Prefeitura de Teresina ainda não aderiu, porque parte do programa é custeado pelo Ministério da Saúde e outra parte pelo município, e isso ainda não está na previsão orçamentária de Teresina.
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