Foto: Ricardo Stuckert | PR
Nísia Trindade, Tedros Adhanom, Lula e o Diretor da Organização Pan-Americana da Saúde e Diretor Regional para as Américas da OMS, Jarbas Barbosa
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniram para debater uma parceria para transformar o Brasil em um fornecedor global de vacinas contra a dengue, na segunda-feira, 05. A parceria pretende produzir imunizantes em conjunto com o Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com o intuito de democratizar o acesso a essas vacinas em todas as partes do mundo.
A vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan já está sendo finalizada, a expectativa para autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é prevista para início de 2025. O imunizante será dose única e apresentou eficácia de 79,6%, semelhante à vacina Qdenga, que teve eficácia de 80,2% e será ofertada no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro.
Durante a reunião realizada no Palácio do Planalto, entre Adhanom, Lula e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacaram o potencial do Brasil como centro na produção de vacinas e estratégias para tornar isso real. Adhanom estaráno Brasil até esta quarta-feira, 07, para reuniões com Trindade e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
O Brasil ainda discute outra parceria para ter acesso a tecnologia da vacina Qdenga, produzida com a empresa Takeda, Butatan e Fiocruz, para aumentar a capacidade produtiva e reduzir os custos, seguindo o modelo bem-sucedido adotado durante a pandemia de Covid-19, quando o Brasil produziu vacinas em colaboração com a Sinovac e a AstraZeneca.
Em reunião com representantes do Butantan e da Fiocruz, Trindade discutiu detalhes dessa colaboração, reconhecendo que o preço da vacina Qdenga, atualmente fixado em R$ 170 por dose, é considerado elevado em comparação com outras opções disponíveis. A produção nacional das vacinas não apenas visa expandir a capacidade de produção, mas também a redução dos custos, eliminando a dependência de taxas de importação.
Essa parceria estratégica entre Brasil, OMS e demais instituições de saúde promete fortalecer não apenas a resposta global à dengue, mas também a capacidade de produção de vacinas em território nacional, um passo significativo na promoção da saúde pública em escala global.
Foto: Ricardo Stuckert | PR
Fonte: Brasil 247
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