Em 2024, foram registrados 3.253 casos de coqueluche, o maior número desde 2014, quando houve 8.622 casos. Em 2013, foram notificados 3.113 casos, segundo o Ministério da Saúde. A doença, que vinha diminuindo desde 1990 com o aumento da vacinação, voltou a crescer. Naquela época, o índice era de 10 casos por 100 mil habitantes. Em 2024, o estado do Paraná atingiu índice semelhante, com 10,60 casos por 100 mil habitantes.
De acordo com a infectologista Mirian Dal Ben, o aumento dos casos está relacionado à queda na vacinação, que deveria atingir 95% da população. Além disso, exames laboratoriais mais avançados têm permitido confirmar mais diagnósticos. Outro fator importante é a ausência de reforço vacinal para adolescentes, prática que já ocorre em países como os Estados Unidos e na Europa.
No Paraná, foram registrados 1.224 casos e 4 das 13 mortes por coqueluche no Brasil em 2024. A cobertura vacinal para crianças no estado foi de 90% para a vacina pentavalente e 86% para a DTP, mas 53,3% das gestantes não se vacinaram, o que é preocupante, já que a vacinação delas protege bebês vulneráveis à doença. Em São Paulo, foram 870 casos registrados, com uma cobertura vacinal média de 86,1% até setembro.
A coqueluche é uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella Pertussis, que afeta o aparelho respiratório e provoca crises de tosse seca. A transmissão ocorre pelo contato com gotículas de tosse, espirro ou fala de uma pessoa infectada. A vacina está disponível no SUS e inclui três doses da pentavalente aos 2, 4 e 6 meses, além de reforços com a DTP, que também protege contra difteria e tétano.
Fonte: Agência Brasil
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