Saúde

Estresse e jornadas extensas de trabalho podem ser fontes de dores musculares

Médica ortopedista ressalta que esses fatores devem ser levados em consideração ao avaliar as queixas dos pacientes

Redação

Quinta - 26/11/2020 às 14:33



Foto: Divulgação Dra. Sara Portela
Dra. Sara Portela

A nova rotina provocada pela covid-19 necessita de ainda mais atenção para garantir uma boa qualidade de vida, especialmente quando relacionada à rotina de trabalho. Com jornadas extensas e acúmulo de estresse por conta das pressões e incertezas, médicos ortopedistas pontuam que esses são fatores que podem contribuir para surgimento de dores musculares, sobretudo na região do trapézio. 

De acordo com a pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE), realizada em 2019, 63% dos brasileiros sofrem com dores musculares. É fundamental se ater a uma boa ergonomia de trabalho para evitar complicações e desconfortos. Além disso, mesmo com uma postura adequada, a Dra. Sara Portela (CRM -PI 4944), ortopedista e especialista em ombro, garante que é preciso avaliar o estresse e o excesso de trabalho como prováveis fontes de pontos de tensão. 

“Um fator que prejudica a saúde do paciente é a questão do estresse, da cobrança, da pressão por estarem vivendo um período de pandemia e até mesmo com medo dos desdobramentos. Está sendo um momento em que as pessoas estão desenvolvendo ansiedade, depressão e isso repercute em piora dessas dores relacionadas à postura. Sabemos que no momento de tensão essa região do trapézio (que fica abaixo do pescoço e entre os ombros) por si só, mesmo que numa postura adequada, poderia ser uma fonte de queixa por conta de pontos de tensão”, informa a especialista.

Tudo isso dialoga com a valorização do contato médico-paciente: o olho no olho, o diálogo aberto e se colocar o mais próximo possível, garantindo um atendimento humanizado. Esse cuidado vai além do momento da consulta, já que envolve a marcação da mesma, a recepção, a consulta em si, diagnóstico, o fim e pós-tratamento.

Nesse novo formato, a médica também pontua que a pandemia trouxe maior dificuldade das pessoas imporem limites aos horários de trabalho e isso compromete a saúde do paciente. “A jornada passa a ser mais extensa do que se estivesse sendo executada na empresa física. Algumas pessoas trabalham usando celular ou tablete e isso mexe com a postura e também contribui para uma jornada maior, já que pode receber uma mensagem a qualquer momento”, finaliza a Dra. Sara.

Os pacientes devem se sentir confortáveis e bem direcionados para que o tratamento seja sempre eficaz e humanizado.

Fonte: Icone Comunicação

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