Saúde

ATROFIA MUSCULAR ESPINHAL

Em Teresina, Hospital Infantil é referência no tratamento de crianças com AME

Embora não haja dados precisos sobre o número de pessoas com AME no país, estimativas do relatório da Conitec apontam uma incidência entre 4 e 10 casos a cada 100 mil nascidos vivos

Por Marília Lélis

Quinta - 27/03/2025 às 18:49



Foto: Reprodução Criança com Atrofia Muscular Espinhal (AME)
Criança com Atrofia Muscular Espinhal (AME)

Hospital Infantil Lucídio Portella se destaca como referência no tratamento de crianças com Atrofia Muscular Espinhal (AME) no Brasil. De acordo com o superintendente de Média e Alta Complexidade da Sesapi, Dirceu Campelo, as ações realizadas no hospital “representam um marco na saúde pública brasileira, garantindo que crianças com AME tenham uma chance real de vida e desenvolvimento. Mais do que números, cada aplicação simboliza uma vitória para as famílias e para o sistema público de saúde, demonstrando que a medicina de ponta pode ser acessível a todos”.

A AME, doença genética rara que afeta neurônios motores e leva à perda progressiva de movimentos, ainda não tem cura. Os tratamentos disponíveis visam estabilizar a progressão da enfermidade, sendo crucial a administração precoce de medicamentos. A AME tipo 1, responsável por cerca de 60% dos casos, costuma se manifestar antes dos seis meses de vida, exigindo diagnóstico ágil para melhor resposta terapêutica.

Embora não haja dados precisos sobre o número de pessoas com AME no país, estimativas do relatório da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) apontam uma incidência entre 4 e 10 casos a cada 100 mil nascidos vivos. O documento também prevê que, em cinco anos, aproximadamente 400 pacientes seriam atendidos pelo SUS com terapias avançadas.

A incorporação de tecnologias de alto custo pelo sistema público, como as utilizadas no Hospital Infantil Lucídio Portella, reforça o compromisso do Brasil em democratizar o acesso a tratamentos inovadores, oferecendo esperança a milhares de famílias.

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