
Entre janeiro e agosto de 2025, o Piauí registrou um aumento de 84% nos transplantes de rim e 4,94% nos transplantes de córnea em relação ao mesmo período de 2024. Foram realizados 46 transplantes de rim e 191 de córnea, superando os 25 transplantes de rim e 182 de córnea do ano passado.
Ainda em 2025, o número de doações de múltiplos órgãos cresceu de 25 para 35, representando um aumento de 40%. As doações de córnea também superaram os números de 2024, subindo de 98 para 114, um crescimento de 16,3%.
No Piauí, 508 pessoas ainda aguardam na fila por um transplante de rim e 408 esperam por uma córnea.
O aumento nas doações representa esperança para os pacientes que aguardam na fila de espera. A técnica em patologia Teresa Mendes, que realizou um transplante de córnea neste ano após quatro anos na fila, acredita que o avanço é resultado de maior conscientização social:
“Fui diagnosticada com a distrofia de Fuchs, uma doença que torna a córnea sensível. Em 2021, entrei na fila pela primeira vez e esperei quase dois anos. Neste ano, entrei novamente e foi bem mais rápido. Acho que as pessoas estão se conscientizando sobre a importância de ser um doador e da diferença que fazem na vida de outra pessoa.”
ASCOM Sesapi
A professora Sílvia Estrela, de 59 anos, que também aguardava por um transplante de córnea, reafirma a maior rapidez da cirurgia em 2025:
“Em setembro do ano passado, fiz minha primeira cirurgia. Neste ano, precisei entrar novamente na fila, pois o outro olho já estava comprometido. Dessa vez, em pouco mais de seis meses, fui chamada. Quando me chamaram em junho, eu tomei um susto, porque da outra vez passei um ano e oito meses na fila. Minha vida melhorou demais após o transplante. Eu só tenho a agradecer a quem fez esse gesto de amor, porque cada doação pode contemplar uma nova vida, para várias pessoas.”
No Brasil, a retirada e doação de órgãos só pode ser realizada com a autorização da família, mesmo que o doador tenha manifestado a vontade em vida. Diante disso, a coordenadora da Central Estadual de Transplantes do Piauí reforça:
“A melhor maneira de garantir efetivamente que a vontade do doador seja respeitada é fazer com que a família saiba sobre o desejo de doar do parente falecido.”
Para o superintendente de Gestão da Rede de Média e Alta Complexidade da Secretaria de Estado da Saúde Pública(Sesapi),Dirceu Campêlo, o cenário de doação de órgãos ainda é desafiador, mas o avanço nos números demonstra a eficiência dos serviços de saúde e o comprometimento do estado em garantir o acesso da população a tratamentos essenciais:
“É importante incentivar a doação, pois várias vidas são salvas por meio de transplantes”, concluiu Dirceu.
Fonte: Governo do Piauí
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