INTERDIÇÃO

CRM-PI determina interdição por tempo indeterminado do Hospital do Buenos Aires

Foram encontradas várias irregularidades ao longo das fiscalizações


Hospital e Maternidade do Buenos Aires

Hospital e Maternidade do Buenos Aires Foto: Arquivo/FMS

O Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI) determinou a interdição ética parcial no Hospital Geral do Buenos Aires, na zona Norte de Teresina. A interdição é por tempo indeterminado e será suspensa quando a unidade de saúde corrigir as irregularidades encontradas pelo CRM.

O CRM informou que na fiscalização realizada no dia 27 de outubro foram encontrados vários problemas no hospital, como falta de soro fisiológico, medicações analgésicas e antibióticos, falta de luvas, entre outros. Nesse dia, o hospital foi notificado sobre a interdição caso não resolvesse os problemas. 

Já nessa quarta-feira (30), uma nova fiscalização constatou que não houve correção das irregularidades e por isso decidiu interditar a unidade de saúde devido aos riscos que o local oferece para a população. 

No início da manhã desta quinta-feira (1º), foi anexado um cartaz no portão do hospital informando sobre a interdição.

O CRM informou que com a interdição, nenhum novo paciente será atendido no hospital. Os que já se encontram internados no local e não poder ser transferidos para outras unidades, ficarão sob supervisão médica até receberem alta.

Lista de irregularidades encontradas no Hospital do Buenos Aires:

  • ausência frequente de soro fisiológico levando a transferências de pacientes;
  • falta de administração de medicações que dependem da solução;
  • tratamento inadequado de pacientes;
  • falta de tubos orotraqueais em estoque no tamanho 7.5 e 8.0;
  • ausência de algumas medicações analgésicas e antibióticos;
  • escala de neonatologia incompleta, comprometendo a segurança dos recém-nascidos;
  • aparelhos de fototerapia antigos e com baixa eficiência;
  • falta de luvas de procedimento em tamanho pequeno e médio e entre outras.

Reunião do CRM-PI decide por interdição do Hospital do Buenos Aires/ Foto: CRM

O Conselho informou ainda que a interdição se deu após fiscalizações realizadas durante o ano de 2022, com comunicação aos gestores do hospital e da Fundação Municipal de Saúde (FMS), sobre as várias irregularidades flagradas nas fiscalizações. Também foram realizadas várias reuniões presenciais com os gestores e também com o prefeito Dr. Pessoa, onde foram solicitadas a solução dos problemas.

COLETIVA DE IMPRENSA

O presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Gilberto Albuquerque, dará entrevista coletiva, às 10h, para prestar esclarecimentos sobre a interdição do Hospital do Buenos Aires pelo CRM.

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