De janeiro a outubro de 2024, a Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia) coletou 160,9 mil litros de plasma, superando a meta de 150 mil litros estabelecida em contrato com o Ministério da Saúde para este ano. Este volume, um recorde, é 7,2% maior que o registrado em 2023, e a estimativa é de que a empresa feche o ano com cerca de 200 mil litros. A presidente da Hemobrás, Ana Paula Menezes, destacou que os resultados representam um marco para a saúde pública brasileira e para o papel estratégico da empresa no país.
A produção de medicamentos hemoderivados será positivamente impactada pela coleta recorde de plasma. A Hemobrás investe na qualificação de hemocentros em todo o Brasil para aumentar a capacidade de armazenamento e melhorar os processos logísticos, principalmente no transporte do plasma até a fábrica de Goiana (PE).
Redução do descarte de plasma
Além disso, a Hemobrás obteve uma redução de 90% no descarte de plasma após a triagem, caindo de 30% para 3%. Essa melhoria foi possível graças ao trabalho conjunto e ao investimento em soluções logísticas, como a utilização de caixas de papelão para o transporte das bolsas de plasma, o que reduziu as perdas por quebra.
A gerente de Produtos da Hemobrás, Melissa Papaléo, destacou a importância das soluções implementadas para melhorar a busca ativa de plasma e garantir seu aproveitamento máximo.
Ações para o futuro
A Hemobrás pretende captar mais de 300 mil litros de plasma até o final de 2025, por meio de investimentos do Novo PAC, que prevê a qualificação de mais hemocentros e o aprimoramento da infraestrutura de armazenamento e envio de plasma. Esse esforço será fundamental para aumentar a produção de medicamentos e melhorar a qualidade de vida da população brasileira.
O governo federal investiu R$ 100 milhões no projeto, visando ampliar a capacidade de armazenamento de plasma nos hemocentros. A expectativa é que essa ampliação contribua para o crescimento da coleta e permita que a Hemobrás atenda às necessidades de saúde pública com mais eficácia nos próximos anos.
Fonte: Agência Brasil