Lançado no início deste mês, o mais recente relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) sobre coqueluche mostra que os casos da doença aumentaram muito na região. Globalmente, o crescimento do número de infectados também é acentuado. Em 2023 a Organização Mundial da Saúde (OMS) recebeu 11,2 mil notificações referentes à doença nas Américas. Esse número subiu para mais de 66 mil em 2024. A OPAS diz que o recorde mais baixo da região aconteceu entre 2021 e 2022, com menos de 3,3 mil casos.
No resto do mundo a situação é parecida. Entre 2023 e 2024 o aumento global foi de 5,8 vezes, chegando a 977 mil casos. Cepas da coqueluche resistentes a antibióticos geram preocupação.
Crianças de até 12 meses são o grupo mais afetado e devem ser vacinadas
O que é coqueluche e por que você precisa se proteger contra ela
“A coqueluche é uma doença prevenível por vacinação, mas seu ressurgimento evidencia lacunas na imunização e na vigilância epidemiológica”, diz Daniel Salas, gerente executivo do Programa Especial de Imunização Integral da OPAS, em um comunicado da instituição. “É urgente que os países garantam coberturas de vacinação altas e uniformes, de maneira sustentada, especialmente em crianças menores de cinco anos, para proteger os mais vulneráveis e evitar surtos”.
A OPAS ressalta que crianças de até 12 meses são o grupo mais afetado. Elas representam entre 30% e 40% dos casos em países como Brasil, Argentina e Colômbia. Meses atrás, a OPAS divulgou um alerta a respeito de cepas específicas de coqueluche, que se mostram resistentes a antibióticos. Elas foram notificadas em países como Brasil, México, Peru e Estados Unidos.
A coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis. Seus sintomas são parecidos com o de uma gripe, com destaque para a tosse persistente. É transmissível por gotículas expelidas através da fala, espirros e tosse. A doença pode ser prevenida pela vacina DTP – que também imuniza contra difteria, tétano, hepatite B e a bactéria Haemophilus influenzae tipo B.
Fonte: G1
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