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Brasil assume a liderança do Unaids e se destaca como modelo no combate à AIDS

O país se destaca no combate ao HIV, com a menor taxa de mortalidade desde o início da epidemia e avanços no diagnóstico e prevenção

Da Redação

Terça - 04/02/2025 às 11:17



Foto: Divulgação Brasil é o único país em desenvolvimento que oferece acesso gratuito e universal aos cuidados com a AIDS
Brasil é o único país em desenvolvimento que oferece acesso gratuito e universal aos cuidados com a AIDS

O Brasil assumirá, neste ano, a liderança do Comitê Executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids), posição estratégica para fortalecer a resposta global ao HIV e à AIDS.

O país é referência mundial no tratamento e prevenção da infecção, sendo o único em desenvolvimento entre os seis que oferecem acesso gratuito e universal aos cuidados, como afirmou o diretor do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) do Ministério da Saúde, Draurio Barreira.

Os dados mais recentes revelam uma importante queda na taxa de mortalidade por AIDS no Brasil, que atingiu o menor índice desde o início da epidemia, com 3,9 mortes a cada 100 mil habitantes. Além disso, o país superou a meta global de diagnóstico, atingindo 96% das pessoas estimadas como infectadas por HIV, um aumento significativo na capacidade dos serviços de saúde.

Outro destaque é o crescimento no uso da profilaxia pré-exposição (PrEP), com mais de 110 mil usuários atualmente – um aumento de 118,4% em relação a 2022, quando eram 50,7 mil. Para a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Ethel Maciel, "esse marco reforça o compromisso do governo brasileiro na resposta ao HIV e à aids, garantindo que mais pessoas tenham acesso a cuidados eficazes e seguros. Temos avanços significativos e compartilhar nossa experiência com outros países vai potencializar a resposta internacional ao HIV e à aids" , observa.

Desde a implementação da Lei nº 9.313, em 1996, o Brasil garante a distribuição gratuita de antirretrovirais por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), consolidando uma política pública de acesso universal e integral ao tratamento contra o HIV. O país oferece atualmente 22 medicamentos em 38 apresentações farmacêuticas.

A resposta à AIDS no Brasil é uma política de Estado, assegurada no SUS, e conta com a parceria direta de representantes das Organizações da Sociedade Civil de HIV e AIDS. "Essas iniciativas fizeram e fazem nossa política contra a aids ser referência, pois são informadas por evidências científicas e uma forma de garantir esse direito universal tão precioso", observa a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

"Precisamos avançar, pois apesar de termos as melhores tecnologias de saúde, pessoas com baixa escolaridade, negras, travestis e transsexuais, indígenas, dentre outras vulnerabilizadas socialmente, ainda enfrentam barreiras no acesso aos serviços de saúde. Cuidar das pessoas para além de suas necessidades de saúde é uma das metas da nossa gestão, e temos avançado, principalmente por meio do trabalho intersetorial e do enfrentamento aos determinantes sociais", complementa a ministra.

Fonte: Com informações da Secom

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