Saúde

Risco à população

Anvisa restringe venda de marcas de azeite, sal do himalaia e chá

Os consumidores devem interromper imediatamente o uso desses produtos e a comunicarem à Vigilância Sanitária caso os encontrem à venda

Terça - 21/10/2025 às 15:52



Foto: Freepik Azeite de oliva
Azeite de oliva

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a proibição da venda e a apreensão de três produtos diferentes que estavam sendo comercializados no país: o azeite extra virgem Ouro Negro, o sal do Himalaia da marca Kinino e o chamado "Chá do Milagre". As medidas, publicadas no Diário Oficial da União, foram tomadas devido a problemas de origem desconhecida, composição irregular e divulgação enganosa, que representam riscos à saúde da população.

O azeite Ouro Negro teve toda a sua comercialização, distribuição, fabricação, importação e consumo proibidos pela Anvisa. A principal irregularidade apontada é a origem desconhecida do produto, que também foi desclassificado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Além disso, o rótulo informa que a importação foi feita pela empresa Intralogística Distribuidora Concept Ltda., que está com o CNPJ suspenso na Receita Federal, tornando a operação completamente irregular.

A Anvisa também suspendeu a comercialização de 13 lotes do Sal do Himalaia Moído, da marca Kinino, que têm validade até março de 2027. A decisão ocorreu após a própria fabricante, H.L. do Brasil Indústria e Comércio, comunicar um recolhimento voluntário. Laudos do Instituto Adolfo Lutz confirmaram que o produto apresenta um teor de iodo abaixo do nível permitido pela legislação brasileira. A adição de iodo ao sal de cozinha é uma medida de saúde pública obrigatória no Brasil, crucial para prevenir doenças da tireoide e problemas no desenvolvimento de fetos durante a gravidez.

Outro produto banido pela agência foi o "Chá do Milagre", também conhecido como "Pó do Milagre" ou "Pozinho do Milagre". A proibição foi motivada pelo fato de a composição e a classificação do produto serem completamente desconhecidas, assim como a empresa responsável pela sua fabricação. A Anvisa ainda constatou uma irregularidade grave na divulgação do chá em redes sociais, como Facebook e Instagram, onde ele era anunciado com falsas propriedades medicinais. As publicações associavam o consumo a benefícios como emagrecimento, tratamento de ansiedade e insônia, prevenção de câncer e estímulo sexual, o que não é permitido para alimentos e chás comuns.

A Anvisa orienta os consumidores a interromperem imediatamente o uso desses produtos e a comunicarem às autoridades de vigilância sanitária de suas cidades caso os encontrem à venda.

Fonte: Agência Brasil

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