A comunicação política e institucional está cada vez mais moldada pela linguagem das gerações online. No Piauí, o governador Rafael Fonteles (PT) tornou-se um caso emblemático: além da agenda de obras, ele virou um fenômeno nas redes sociais e nos grupos de WhatsApp por meio de figurinhas (stickers) que capturam suas expressões e bordões.
O recurso, que já é moda em todo o mundo, faz parte de uma transformação mais ampla na comunicação digital. Estudos e relatórios de mercado, como os publicados pela Statista e pela We Are Social, indicam que bilhões de stickers e avatares personalizados são trocados diariamente em aplicativos como WhatsApp, Telegram e Instagram.
Statista é uma plataforma global de dados e inteligência de negócios, fornecendo estatísticas e relatórios detalhados sobre 80.000 tópicos em diversas indústrias, focada em empoderar decisões baseadas em dados, enquanto We Are Social é uma agência global de mídias sociais e marketing.
De acordo com estudos dessas duas empresas, esse formato, que substitui ou complementa o texto, agiliza a interação, transmite emoções de forma instantânea e cria identificação. Essas figurinhas são consideradas uma evolução natural dos antigos emojis.


Caso Rafael Fonteles
No caso do governador, stickers com seu rosto concentrado ou descontraído, e principalmente com o bordão "trabalho, trabalho, trabalho", circulam intensamente. O que chama a atenção é a adoção ativa do próprio chefe do Executivo estadual: Fonteles não apenas tem ciência do fenômeno, como usa essas figurinhas em mensagens para amigos e auxiliares, conforme relatado. Ele enxerga a prática como uma forma divertida e interessante de comunicação rápida, típica da era digital.

Procurado para comentar, o governador preferiu não se pronunciar oficialmente. No entanto, sua atuação nas redes sociais deixa clara a estratégia: ele anuncia ações de governo, mas também demonstra estar antenado com as trends da internet, equilibrando seriedade administrativa e um toque de leveza viral.
As figurinhas de Rafael Fonteles e outras autoridades, como o presidente Lula e o ministro Wellington Dias, chamam tanta atenção atualmente que tem gente que até coleciona esses recurso visuais advindos dessa transformação mais ampla na comunicação atual.
Especialistas em comunicação digital apontam que o uso de avatares e stickers por figuras públicas é uma ferramenta poderosa de personalização e humanização. Ao permitir que sua imagem seja utilizada de forma descontraída em conversas cotidianas, o político deixa de ser uma figura distante e se insere no dia a dia digital dos cidadãos, especialmente dos mais jovens.

A prática no Piauí reflete uma tendência global. De artistas a CEOs, personalidades têm seus próprios pacotes de stickers oficialmente licenciados ou criados espontaneamente pelo público. No Japão, pioneiro nessa cultura, os "line stickers" são um mercado milionário. No Ocidente, a integração de avatares personalizáveis no Meta (Facebook e Instagram) e a febre dessas figurinhas de perfil mostram a mesma direção: a identidade digital agora é expressa também por ícones lúdicos e customizados.
Assim, a presença das figurinhas de Fonteles nas conversas online vai além do humor. Ela reforça seu papel como figura pública conectada com novas tecnologias e formas de comunicação, mostrando que, no Piauí, o "trabalho" governamental ganha também uma pitada extra de meme e pertencimento à geração 2.0.

Fonte: Redes sociais
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